Na manhã desta quinta-feira (21), durante entrevista exclusiva ao Programa Edenevaldo Alves, na Petrolina Fm, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho declarou que até a próxima segunda-feira (25), vai decidir sobre o recente protocolo do Governo Federal que libera no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina para casos leves do coronavírus.
“Aqui (em Petrolina) para os casos leves que é o principal foco desse novo protocolo do Ministério da Saúde a gente já vem trabalhando em protocolo, chamamos os representantes da categoria médica, até porque esse protocolo ajuda a dar uma segurança para os profissionais médicos (…) A gente vai ter até domingo, no máximo até segunda, a prefeitura de Petrolina estará falando como será o nosso protocolo”, assegurou o prefeito.
O Ministério da Saúde divulgou na última quarta-feira (20) o protocolo que libera no SUS o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves de Covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios para casos graves.
A mudança no protocolo era um desejo do presidente Jair Bolsonaro, defensor da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Não há comprovação científica de que a cloroquina é capaz de curar a Covid-19. Estudos internacionais não encontraram eficácia no remédio e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda o uso.
O protocolo da cloroquina foi motivo de atrito entre Bolsonaro e os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Em menos de um mês, os dois deixaram o governo.
O texto mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de o médico decidir sobre a aplicar ou não o remédio. A cloroquina não está disponível para a população em geral.
O termo de consentimento, que deve ser assinado pelo paciente, ressalta que "não existe garantia de resultados positivos" que "não há estudos demonstrando benefícios clínicos".
O documento afirma ainda que o paciente deve saber que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem levar à "disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito".
Em sua conta em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro comentou o novo protocolo. "Ainda não existe comprovação científica. Contudo, estamos em guerra: pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado”, afirmou Bolsonaro.
Redação redeGN
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