O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou a importância de o presidente Jair Bolsonaro vetar o trecho do projeto de socorro a estados e municípios que permite reajuste salarial a algumas categorias do funcionalismo público, a despeito da pandemia do novo coronavírus. Ele pediu a contribuição da categoria e disse que “é inaceitável que tentem saquear o gigante que está no chão” e pontuou que “nós queremos saber o que podemos fazer de sacrifício pelo Brasil nessa hora, e não o que o Brasil pode fazer por nós”.
“Vamos nos aproveitar de um momento desse de maior gravidade de uma crise de saúde e vamos subir em cadáveres para fazer palanque? Para arrancar recursos do governo? Isso é inaceitável. A população não vai aceitar. Vai punir quem usar cadáveres como palanque”, frisou Guedes nesta sexta-feira (15), durante cerimônia no Palácio do Planalto em alusão aos 500 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro ainda enfatizou que “as medalhas são dadas depois da guerra, não antes da guerra” e destacou que “nosso heróis não são mercenários”. Também falou que “é inaceitável que usem a desculpa da crise da saúde para saquear o Brasil na hora que ele cai”. “Que história é essa de pedir aumento de salário porque o policial vai à rua exercer a sua função, ou porque um médico vai à rua exercer a sua função? Se ele trabalhar mais por causa do coronavírus, ótimo. Ele recebe hora extra. Mas dar medalhas antes da batalha? As medalhas vêm depois da guerra, depois da luta”, ponderou Guedes.
Assim que o país vencer a pandemia e se mostrar “um Brasil forte, erguido”, Guedes disse que será o momento de se discutir o reajuste para servidores públicos. “Nós vamos lembrar disso. Vamos botar o quinquênio, o anuênio, o milênio, o Eugênio, tudo o que for preciso. Mas não antes da batalha. Não podemos aproveitar um momento de fragilidade que o brasil cai numa crise, financeiramente”, analisou.
Correio Braziliense
2 comentários
16 de May / 2020 às 00h43
O TCU investiga Guedes desde 2018 por prejuízos aos fundos de pensão da CEF, Banco do Brasil, Petrobrás, e Correios durante o governo do PT. O MPF suspeita que as transações tenham gerado ganhos excessivos a Guedes, o que causou prejuízos aos citados fundos de pensão.
16 de May / 2020 às 18h00
Acho muito engraçado professor ter reajuste, se nem trabalhando está, além de ter salário melhor que um asg, merendera e auxiliar administrativo que esta sim trabalhando. Os professores deveriam ter vergonha e serem os primeiros a dizer que ae enquadra na mesma categoria de todos os servidores público sem privilégios.