O aumento da vazão da barragem de Sobradinho, Bahia, está provocando um novo aspecto ao Rio São Francisco. O Velho Chico agora se apresenta cheio, bem diferente do que se verificou nos últimos 10 anos, quando, como consequência da longa estiagem, o manancial teve o seu nível muito reduzido e a seca provocou inúmeros prejuízos.
Mas, ao mesmo tempo em que comemora o “retorno” do volume normal do Rio São Francisco, famílias de agricultores e produtores estão perdendo o plantio das lavouras.
A redação da redeGN recebeu mais uma vez fotos mostrando as águas do Rio São Francisco ocupando lavouras plantadas em suas margens. Uma das mais atingidas é o Povoado da Fazenda Nova Jatobá, território Quilombola, localizado em Curaçá, Bahia.
No mês passado a reportagem da redeGN mostrou os desafios que os agricultores enfrentam. De acordo com o presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário da Fazenda Nova Jatobá, Marcio de Lima Santos, dezenas de agricultores familiares perderam a sua produção e a única fonte de renda para sobreviverem. Márcio afirma ainda que o tempo agora é de se reinventar, usar a criatividade e a força do trabalho para garantir renda.
O tema vai ganhar repercussão nacional. Esta semana uma equipe da TV Bahia, esteve no local e será apresentado uma reportagem no programa Globo Rural.
"Já estávamos sem vender nas feiras, e agora a situação já era grave com os decretos para não proliferar os casos de coronavírus, aumenta e muito devido a perda da plantação de mandioca, macaxeira, banana e maracujá.Isto representa a renda das famílias de agricultores", desabafou Marcio.
Redação redeGN
6 comentários
08 de May / 2020 às 07h47
Plantar em local inadequado dá nisso.
08 de May / 2020 às 09h57
O Velho Chico está de volta graças a Deus
08 de May / 2020 às 11h05
Cadê o Inema, que não alertou esse povo q são Áreas de Preservação Ambiental, ou seja áreas de marinha? Já q esse povo deveria receber informações desta Instituição governamental.
08 de May / 2020 às 20h20
A vazão atual de 1.400m3/s está abaixo do volume natural do Rio ão Francisco, a verdade é que as áreas de proteção permanente foram todas invadidas e ocupadas de forma irregular. Não teve nada de cheia, todas essa ocupação estão irregulares, cabe ao IBAMA, por ser rio federal uma fiscalização geral.
09 de May / 2020 às 02h00
Na chamada, fala em REINVENTAR. Mas na materia só fala nas perdas e nada do que estão fazendo diferente ....
11 de May / 2020 às 14h07
Gostei de todos os comentários até aqui. Porque todos falam a verdade. Só lembrando que a em relação ao nosso Velho Chico a Lei garante que a faixa de 500 metros nas duas margens são extritamente intocáveis. Mas o que temos de plantios de sequeiro e irrigados (esses últimos bombardeando as áreas inundáveis com VENENO), é imensurável. Também ressalvo que é papel do IBAMA essa fiscalização, mas não têm corpo funcional nem recursos financeiros nem estrutura suficientes. Porém o INEMA teria atuação também. Se formos contar nos municípios da nascente à foz do nosso Rio construções civis e etc...