Na semana que se comemora o Dia das Mães, os comerciantes estão desanimados com o cenário de vendas durante a pandemia do novo coronavírus. Isso porque a data festiva será comemorada em 10 de maio e os decretos de Juazeiro e Petrolina não preveem a reabertura dos comércios.
A data do Dia das Mães sempre considerada ótima para alavancar vendas, este ano, diante da necessidade de se manter o isolamento social para frear a disseminação do vírus, e, por isso, o cenário para o setor se torna cada vez mais incerto.
Em termos econômicos do varejo, esse dia não vai existir e não há como estimar quanto vai vender com o cenário econômico desfavorável para a comemoração.
Em Petrolina todo o seguimento que trabalha, de acordo com o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrolina, Valdivo Carvalho, com idéias e produtos para atender o Dia das Mães está fechado. "Quem tiver aplicativo e usar de estratégias que chama atenção deverá fazer alguns poucos negócios, os demais perderam a segunda grande data de crescimento de vendas", explica Valdivo.
Valdivo também cita que outro fator desfavorável é quanto as pessoas estarem com medo de assumir compromisso por causa do desemprego e as próprias mães preocupadas em se proteger. "Presente hoje não é prioridade, mesmo sendo tradição e merecimento".
Para o comércio de rua, será uma data fraquíssima. Não vai ter aquela compra de impulso, do momento.
O setor de shopping centers também sofrerá o impacto do isolamento social. Em todo o país, o faturamento é de R$ 190 bilhões por ano e a expectativa diante da crise causada pelo coronavírus é de que esses negócios percam até R$ 60 bilhões em receita, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Semana passada em contato com a reportagem da redeGN, segundo dados da CDL Juazeiro, "a realidade aproximada do comércio em um mês de paralisação: deixou de girar no comércio cerca de R$ 16.500.000.
O diretor presidente d CDL, Murilo Mattos, avaliou que "Infelizmente, não teremos nada a comemorar nas vendas desse período". De acordo com Murilo é um momento sombrio para o comércio com as portas fechadas. "Sabemos que o Dia das Mães é considerada a segunda data mais importante do varejo, perdendo apenas para o Natal. Em 2020, essa data tão especial deverá sofrer um forte impacto por conta da pandemia da Covid-19. Por conta do comércio fechado em Juazeiro, as vendas do setor varejista, para o período, devem cair em torno de 45% em relação a 2019".
A avaliação é que as quedas mais relevantes devem ser das atividades que tiveram que manter suas portas fechadas devido ao decreto de quarentena. Algumas empresas terão prejuízos ainda maiores: lojas de móveis e decoração devem ter uma retração de 90%. Na sequência, vem o comércio de eletroeletrônicos com expectativa de recuo de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a retração esperada para o varejo de vestuário, tecidos e calçados é de 65%.
"Algumas empresas do varejo estão usando a criatividade para vendas, aproveitando a internet para reduzir suas perdas. Outras, especialmente do setor alimentício, trabalham com o sistema Delivery para sustentar parte de suas vendas, ainda que haja retração no resultado final importante", finalizou Murilo.
Redação redeGN Fotos Ney Vital
1 comentário
04 de May / 2020 às 19h21
É triste que muita gente reclame do comércio estar fechado sendo que a maior prioridade agora é resguardar a vida da população. Essas perdas na economia não são nada se comparadas às que muitas famílias estão vivenciando com a morte de seus entes queridos. O mínimo que pode ser feito agora em relação ao comércio é realmente fortalecer os serviços de entrega e tentar ganhar espaço na internet por meio dos apps e redes sociais.