Ministros do STF e entidades repudiaram hoje (3) agressão sofrida pelo fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S.Paulo, durante manifestação em Brasília. Os manifestantes levavam faixas com mensagens contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
O profissional do Estado de .Paulo foi agredido com socos e chutes quando tentava registrar fotos do presidente cumprimentando os manifestantes em frente ao Palácio do Planalto. Além de Sampaio, o motorista do jornal, Marcos Pereira, foi derrubado com uma rasteira. Os agredidos deixaram o local escoltados pela Polícia Militar. Jornalistas de outros veículos também foram hostilizados durante o ato.
A ministra Cármen Lúcia lamentou a agressão na data em que é comemorada o Dia da Liberdade de Imprensa.
“É inaceitável, inexplicável, que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel do profissional de imprensa é o que garante a cada um de nós poder ser livre. Estamos, portanto, quando falamos da liberdade de expressão e de imprensa, no campo das liberdades, sem a qual não há respeito à dignidade”, disse.
O ministro Alexandre de Moraes declarou que as agressões contra jornalistas devem ser repudiadas e não podem ser “toleradas pelas instituições e pela sociedade”.
Para Gilmar Mendes, a “agressão a cada jornalista é agressão à liberdade de expressão e agressão à própria democracia”.
Para o ministro Luís Roberto Barroso é preciso valorizar o papel do jornalista.
“Dia da Liberdade de Imprensa. Mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, manifestou solidariedade aos jornalistas e disse que"cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror."
Sociedade Civil
A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) disse que espera que os agressores sejam identificados e punidos de acordo com a lei.
“Além de atentarem de maneira covarde contra a integridade física daqueles que exerciam sua atividade profissional, os agressores atacaram frontalmente a própria liberdade de imprensa. Atentar contra o livre exercício da atividade jornalística é ferir também o direito dos cidadãos de serem livremente informados”, declarou a entidade.
Nota - SJPDF e FENAJ repudiam mais um dia de violência contra jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar o mais recente ataque a equipes de comunicação e à liberdade de imprensa, ocorrida neste domingo (3), na Esplanada dos Ministérios, quando manifestantes pró-Bolsonaro protestavam contra as instituições democráticas e a política de isolamento social. As entidades exigem ainda que as forças de segurança impeçam atos de violência contra os profissionais, principalmente nas manifestações públicas que vêm ocorrendo.
Após os ataques registrados durante o 1º de Maio, Dia de Luta dos Trabalhadores, pelo menos dois repórteres e dois fotógrafos foram covardemente violentados, neste domingo, por seguidores do presidente da República, cujas ofensas cotidianas à imprensa seguem mobilizando o ódio e os ataques a profissionais que atuam no segmento. Consta que integrantes de equipes de apoio também foram agredidos.
Os profissionais que foram alvo da violência pertenciam aos veículos Folha de São Paulo, Poder 360, Estadão e Os Divergentes e os relatos dos quais o sindicato tomou conhecimento dão conta de que as agressões incluíram socos, empurrões e pontapés, em um ato de extremo desrespeito e violência contra a dignidade dos trabalhadores em questão. Mais que isso, conforme já foi reiterado tantas vezes pelo SJPDF, esse tipo de atitude tem um perigoso sentido político, pois ajuda a engrossar o perverso e criminoso coro contra a liberdade de imprensa -- que, por uma triste ironia, é lembrada exatamente neste 3 de maio, em todo o mundo.
Reforçamos que toda essa violência é incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro, que, segundo levantamento publicado neste domingo pela Fenaj, é o maior violador da liberdade de imprensa, com 179 agressões registradas somente nos quatro primeiros meses de 2020.
O Sindicato dos Jornalistas do DF, mais uma vez, repudia esse tipo de postura, que fere de morte as bases fundamentais do sistema democrático, e coloca sua assessoria jurídica à disposição de todos os profissionais agredidos para que sejam tomadas as providências cabíveis.
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO DISTRITO FEDERAL
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
6 comentários
03 de May / 2020 às 23h55
Agressão maior é ler, ver e ouvir as mentiras desses militantes que se dizem jornalistas. Defensores do comunismo, distorcem os fatos e as verdades para atingir um governo legítimo, eleito democraticamente pela maioria do povo brasileiro, e essa maioria não vai ficar calada. Até a reportagem acima é tendenciosa, pois não mostrou ninguém falando ao contrário. Cadê o direito ao CONTRADITÓRIO? Cadê as provas? Esse povinho da Foice de São Paulo só anda provocando para dar nisso. E o vídeo não mostra nada. Só conversa.
03 de May / 2020 às 23h57
Esse STF só tem gente desqualificada mesmo.
03 de May / 2020 às 23h59
No meu tempo quem mentia levava pêia mesmo. E o povo não perdoa.
04 de May / 2020 às 09h20
Fernando Costa, tá feio cara. Três comentários em uma matéria só? João da Acerola, Maria Nascimento? Poxa, fica difícil de acreditar na sua honestidade. Vocês compartilham da mesma rede,mesmo aparelho. Poxa vida, que falta de caráter. Você é inteligente e deve saber que nada é oculto na internet. Para com isso, a sociedade agradece.
04 de May / 2020 às 12h38
Jogando barro na parede seu Trindade? Quer invadir meu provedor? Venha no rastro kkkkkk mas traga um advogado também.
04 de May / 2020 às 14h28
Não precisa invadir Fernando. Sua rede é muito falha... Você está venerável. Surgiro cuidar mais da segurança ndos seus dados. Você é gente boa, só é muito facinado. Fica na paz