O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, após saudar manifestantes que participaram de carreata em apoio ao governo em Brasília, que não vai mais aceitar interferência no Poder Executivo e que nomeará o novo diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda (4). As falas do presidente foram transmitidas ao vivo em sua rede social.
"Queremos a independência verdadeira dos Três Poderes. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência", disse Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto, abraçado à filha, Laura. Ao final da transmissão, o presidente disse que "não há mais conversa" e que fará cumprir a Constituição, dizendo em seguida que fará a nomeação do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. nesta segunda (4).
O tema levantou polêmica na última quarta-feira (29), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, feita por Bolsonaro. Na mesma data, o presidente afirmou que mantinha a intenção de colocar Ramagem no cargo de diretor-geral da corporação.
"Chegamos no limite, não tem mais conversa. Não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, e ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão. Amanhã nomearemos o novo diretor da PF", disse Bolsonaro, que estava sem máscara, mas manteve distância dos apoiadores.
O presidente falou que a manifestação espontânea reforça que "o povo quer realmente estar ao lado da verdade. O povo está conosco. As Forças Armadas também estão do nosso lado. E Deus acima de tudo”, afirmou.
Presidente culpa governadores pelo desemprego
Durante o ato, Bolsonaro voltou a culpar governadores pela crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. "O Brasil como um todo reclama volta ao trabalho. Essa destruição de empregos irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível", disse em vídeo ao vivo.
"O preço vai ser muito alto na frente: fome, desemprego, miséria. Isso não é bom", continuou. O presidente fez alertas sobre a covid-19, mas ressaltou que o efeito colateral de combate à pandemia não pode ser "pior que os efeitos do vírus".
"Infelizmente, muitos serão infectados, infelizmente, muitos perderão suas vidas também. Mas é uma realidade que temos que enfrentar", disse o presidente.
O presidente desceu a rampa duas vezes e se aproximou da grade para cumprimentar a multidão de apoiadores, a maior parte deles sem máscara e aos gritos de "mito". A equipe que acompanhava Bolsonaro e seus filhos Laura e Eduardo também não usavam máscaras.
Também integravam o grupo que acompanhava o presidente os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Hélio Lopes (PSL-RJ) e Caroline de Toni (PSL-SC). "Estamos mudando esse Brasil de verdade", afirmou Lopes. "Estamos aqui para que você cidadão exerça seu direito de voltar a trabalhar.
Fonte: R7 Foto: Reprodução/Facebook
2 comentários
03 de May / 2020 às 19h55
E os cleptocratas querem transformar essa manifestação em “antidemocrática”. Kkkkkk
04 de May / 2020 às 02h26
Bolsonaro você é um metido a ditadorzinho de ... que quer fazer o que quer e pensa que pode. Você, graças à tutela dos milicos já está fazendo coisas que nem poderia; esconder seu exame, pedir p fechamento do congresso , inventar leis só para satisfazer seus degenerados filhos...VOCE HÁ DE PAGAR PPR TUDO ISSO