O cantor e compositor Moraes Moreira morreu na manhã desta segunda-feira (13), no Rio de Janeiro, aos 72 anos. De acordo com familiares do artista, não se sabe o que teria causado a morte. "Ele estava bem, ninguém sabe as causas", informou um familiar do cantor.
Um dos mais importantes artistas da música brasileira, o autor de "Sintonia" e "Pombo Correio" morreu dormindo em sua casa na Gávea. Moraes Moreira deixa uma história de muitos sucessos e atuação fundamental também no Carnaval de Salvador, onde é considerado o primeiro cantor de trio-elétrico.
Com o Juazeirense Luiz Galvão, compôs a maioria das canções do grupo, que é responsável por um dos discos mais icônicos da música brasileira, Acabou Chorare, de 1972. Três anos depois, saiu em carreira solo, lançando mais de vinte discos.
Nascido Antônio Carlos Moreira Pires na cidade de Ituaçu, Moraes começou a carreira tocando safona em festas de São João. Na adolescência, aprendeu a tocar violão enquanto estudava em Caculé. Depois, se mudou para Salvador e conheceu Tom Zé. Formou com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão os Novos Baianos, ficando com o grupo de 1969 até 1975.
Em 2012 Moraes gravou o disco A Revolta dos Ritmos, que trazia 12 composições inéditas dele. Paralelo ao novo CD, Moraes viajou pelo Brasil, ao lado do seu filho Davi Moraes, com uma turnê comemorando os 40 anos de Acabou Chorare.
Em 2016, foi a vez de fazer uma turnê comemorativa com os Novos Baianos. Depois de 17 anos, Moraes, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão se reencontram para a nova turnê, batizada com nome do disco mais famoso do grupo.
Moraes foi o primeiro artista a cantar num trio elétrico no Carnaval, junto com o Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar. A partir daí, seus frevos ‘trieletrizados’, como ele denominava, passaram a ser marca registrada do nosso Carnaval: Pombo Correio, Chame Gente, Eu Sou o Carnaval, entre outros.
O cantor foi homenageado pelo Carnaval de Salvador em 2017, ao completar sete décadas de vida. Naquele ano, o trio dele teve um problema na embreagem que atrasou bastante a saída. Mas o público se manteve fiel, esperando Moraes, que estava acompanhado do filho Davi.
Não há ainda informações sobre velório e sepultamento do cantor.
redeGN/ com informações do Metro1 e Correio da Bahia
1 comentário
13 de Apr / 2020 às 13h34
Que figura maravilhosa. Guardo com carinho um autógrafo dele! Como digo os bons indo embora! Quanta tristeza!