A redação da redeGn teve acesso com exclusividade ao relatório do Mapeamento Áreas Inundáveis-Submédio São Francisco, trecho entre Sobradinho, Juazeiro, Petrolina e Itaparica.
O documento trata do acordo de Cooperação Técnica entre a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e ANA (Agência Nacional das Águas). O documento teve como objetivo mapear a área ribeirinha e a dinâmica fluvial do Rio São Francisco, no trecho entre os Reservatórios de Sobradinho e Itaparica.
De acordo com o estudo as elevações periódicas de vazão do Rio São Francisco, que provocam o extravasamento das águas da calha principal do rio para suas áreas marginais, e a ocupação intensa e desordenada das várzeas inundáveis, geraram a necessidade de um conhecimento detalhado e espacializado da planície de inundação do Rio São Francisco.
Um dos pontos críticos apresentado se refere as residências construídas no bairro Angary, que de acordo com o relatório, construída indevidamente, localização irregular. Outro ponto observado é a Orla de Juazeiro, entre a Capitania Portos e a Ponte Presidente Dutra, a pista de cooper que dependendo do aumento da vazão também correm o risco de inundação.
Esse documento atende ao Compromisso de Ajuste de Conduta (CAC) estabelecido entre a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF e o Ministério Público Federal, através da Procuradoria da República no Município de Petrolina, em função de Ação Civil Pública.
Esse projeto é de interesse da sociedade ribeirinha do Vale do São Francisco, e atende ao Acordo de Cooperação Técnica, firmado entre a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) e a Agência Nacional de Águas (ANA) e é utilizadas as orientações metodológicas.
Nesse contexto fica evidente o que as fotos já mostram: as inundações provocadas pelo Rio São Francisco e as áreas consideradas críticas como às zonas ribeirinhas urbanas dos municípios de Juazeiro e Petrolina, com destaque para a parte ribeirinha do Angary (Juazeiro) e o Balneário da Ilha do Rodeadouro.
Os resultados desse trabalho deveriam subsidiar a adoção de medidas estruturais preventivas e mitigadoras para melhorar a convivência da população com o rio, haja vista que seus principais produtos são mapas com a visão espacial da região estudada e o alcance das linhas d’água para as vazões.
"Aplicação de recursos passa a ser direcionada para solução e melhorias, não mais para paliativos e velhos problemas que se repetem", acusa o relatório.
Em setembro de 2018 foi realizada uma reunião pública sobre as possíveis enchentes no Rio São Francisco e um dos temas foi exatamente as consequencias da elevação da vazão do rio São francisco, em destaque para as residências, e pontos comerciais construídos abaixo da dique de proteção. A reunião foi promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco e a Câmara Consultiva Regional do Alto São Frsobre o rio São Francisco, na época o tema foi considerado como um foco curioso: debater os riscos provocados pelas inundações na bacia hidrográfica, afinal naquele ano o rio ainda sofria os impactos da longa estiagem considerada uma das mais severas dos últimos 10 anos.
Na oportunidade o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), Anivaldo de Miranda destacou a importância de se discutir a prevenção de enchentes. “Esse é o momento certo, se você esperar que as águas cheguem aí não vai dar tempo para nada. Numa seca tão prolongada as pessoas ficam imaginando que não haverá mais cheia e no século do aquecimento global, as secas cada vez serão mais prolongadas e as cheias mais concentradas e destrutivas”, afirmou.
Segundo Anivaldo, na época, não é possível prever o acontecimento das cheias, por isso é necessário criar uma cultura de prevenção na região. Isso porque não há apenas perdas humanas e materiais, mas também destinação errada de verbas.
"Se você planejar, se você prevenir você evita a maior parte desses prejuízos. Cabe sobretudo às prefeituras municipais, o planejamento”, destacou o presidente do CBHSF.
Redação redeGN
2 comentários
10 de Apr / 2020 às 10h41
Geraldo, todos nos juazeirenses sabenos que naqyhuele trecho entre a capitania dos portos de Juazeiro até o. O Angari nada pode ser construído face as nen tão frequentes cheias do rio são francisco. Constroem com o intuito de jogar dinhero público _ na agua E outras coisinhas mais. A passagem do rio entre Petrolina e Juazeiro fica dentro de um dique Tudo que estiver dentro do dique será. Inundado. Cheio que você deva ter nos seus arquivos fotografias não. tão. antigas da agua do rio passando sobre aquela rampa que da acesso as barquinhas. Só os estrangeiras de Juazeiro não sabem.
10 de Apr / 2020 às 11h43
Esse já é um bom motivo para os municípios ribeirinhos já iniciarem as proibições de estruturas fixa nas margens do Rio . Já que com fé em Deus vamos ter enchentes da quelas de 8 , 9 mil m³/S nos próximos anos com fé em Deus, só assim limpar a calha do rio no baixo são Francisco entre os estados de Sergipe e Alagoas . Fica a dica .