Por Deranor Gomes de Oliveira - Prof. Universitário, Doutor em Empreendedorismo e Inovação
A urgência do assunto e a gravidade do momento em que estamos vivendo em meio à crise do Coronavírus, poderá nos levar para o encontro com o desconhecido, ou quem sabe com uma nova sociedade e, se essa crise demorar, como estão prevendo as autoridades, vamos experimentar, uma oportunidade de vivermos numa nova ordem social.
Isso vai ser uma grande lição para a humanidade. Vamos aprender muitas coisas novas. E eu já estou torcendo para esse novo mundo, por enquanto vou apostar nessa hipótese. Todos têm medo da morte, e essa realidade vai chegar perto de todos nós.
Enquanto estávamos preocupados e achando que os nossos maiores problemas eram o capitalismo selvagem, as ditaduras comunistas, a fome e a miséria, os terroristas, o crime organizado, os crimes ambientais, a terceira guerra mundial, os mísseis e as bombas nucleares. Não, nada disso, fez a humanidade se ajoelhar, ficar confinada compulsoriamente em seus lares (para quem tem) juntos com os seus (para uns, mesmo sem querer) foi necessário um vírus para desacelerar o planeta. E ele veio para dar uma bofetada na nossa cara.
Este momento não é o normal, são tempos de estresse e incertezas. E, nós não devemos e não podemos voltar ao tempo normal, por uma lógica muito simples, de lá nós já viemos. Querer voltar à normalidade da ordem social é mesmo que desejar que continuemos sem imunidades às mais simples ou complexas mutações biológicas, tecnológicas, ou quiçar sociais.
Em todas as partes do planeta, as pessoas estão sentindo os efeitos econômicos dessa crise e, em meio a uma imensidão de incertezas, há um entendimento que parece unânime: a crise do coronavírus terá efeitos culturais e sociais sobre a forma de trabalhar e gerar renda.
A percepção é a de que o isolamento vai provocar a criação de novos hábitos e comportamentos no universo corporativo, com revisão das reais necessidades de se manter processos e estruturas organizacionais.
Pandemia força empresas públicas ou privadas com ou sem fins lucrativos, do terceiro setor, ou qualquer um outro tipo que possa existir, a adotar novos hábitos e revelar que modelos de negócios e de gestão devem ser repensados. Fico triste em dizer que as coisas vão piorar antes de melhorarem. Não será um simples plano de ação imediata de curto prazo que vai fazer a economia voltar ao desempenho esperado, mesmo assim, muitas funções continuam tendo que ser realizadas presencialmente.
Algo que pode ter um efeito marcante será a preocupação com as pessoa. Essa crise global tem impacto, principalmente, nas pessoas, e é preciso entender que os modelos de gestão serão diferentes, sem nenhuma chance de voltarem a ter sucesso no novo arcabouço cultural. Não se pode priorizar o lucro neste momento: o gestor deve pensar de forma mais ampla sobre as consequências e impactos sociais para resolver a crise.
Agradecimentos ao amigo Paulo Chancey
5 comentários
03 de Apr / 2020 às 05h10
Pessoal, vamos criar um grupo de oração, cada um de sua casa, pedindo a Deus que amenize a crise, que caiam as contaminações, que aumente as curas espontâneas, que as pessoas fiquem sossegadas, que os cientistas encontre a vacina no futuro próximo e por agora encontre um tratamento, que a economia mundial consiga normalizar. Repassem isso por e=mail, blog, whatsapp etc....... Todo dia as 20h faremos a oração, vamos fazer uma corrente mundial.
03 de Apr / 2020 às 07h43
BOLSONARO ODEIA OS PROFESSORES. BOLSONARO ODEIA JORNALISTAS. BOLSONARO ODEIA NORDESTINOS. BOLSONARO MORO GEDEU PIOR QUE COLLOR
03 de Apr / 2020 às 07h49
Esta é a Terceira Guerra Mundial, professor Deranor. Me estranha o senhor, Coach, não saber disso. E a China comunista mostrou ao mundo sua força. E não disparou um tiro. Usou o que há de mais moderno na guerra. Nada de nanotecnologia, satélites, bombas de precisão, etc, etc... bastou pegar um vírus e deixar solto. E este exemplo vai ficar no cardápio de grandes países. Daqui para frente teremos que estar sempre preparados para uma pandemia, epidemia e outros.
03 de Apr / 2020 às 09h37
Nós que estamos aqui na ponta pensamos assim, mas para os capitalistas isso é conversa fiada. Temos exemplos disso aqui no Brasil. O dono da Madero, sócio do apresentador de televisão Luciano Huck na rede de restaurantes Madero, o empresário Junior Durski disse que não se pode parar o país por causa de 5 a 7 mil mortes. O Roberto Justus disse que só ia morrer velhinhos. Acho difícil eles mudarem. Para o mundo CORPORATIVO, o ser humano é apenas uma peça de reposição. Não está bem (dando lucro), troca imediatamente.
03 de Apr / 2020 às 13h10
Caro Roberto, analisando a situação pela componente animal instintiva da vida, não sairemos mais espertos, mais complacentes, mais cooperativos (a menos que interesse), mais solidários...Quando a questão é sobreviver, todos matam se necessário for. Assim, o que vai acontecer pós pandemia da Covid 19 é a sobrevivência, a lei dos mais fortes! Mais do que nunca, como diria Sócrates (o filosófo), o povo é ignorante (nós somos) e está se condenando à morte, de novo!