O retorno das Ararinhas Azuis para à caatinga é um dos assuntos mais importantes dos últimos dias no Brasil e exterior. Rara, a espécie vivia originalmente numa pequena região do interior de Juazeiro e Curaçá, no norte da Bahia. O assunto é tratado como um marco na história da ecologia.
Com exclusividade a redação da redeGN, mostra ao leitor fotos do Refúgio de Vida Silvestres da Ararinha Azul e a Área de Proteção Ambiental. Estes são os locais destinados à reintrodução Ambiental e conservação do bioma da caatinga, localizado na Fazenda Caraíbas.
O início da jornada que trará as ararinhas-azuis de volta ao coração da Caatinga vai acontecer na terça-feira, 03 de março. A previsão é que cinquenta aves vindas da Alemanha seguirão para a cidade de Curaçá, norte da Bahia, onde um centro de reprodução foi construído para que as aves sejam soltas na natureza, reproduzidos nas fotos acima.
A data 3 de março foi escolhida por ser o Dia Internacional da Vida Selvagem, cujo objetivo é celebrar a fauna e a flora do planeta, assim como alertar para os perigos do tráfico de espécies animais selvagens no mundo. As ararinhas-azuis são consideradas extintas na natureza desde o ano 2000, devido às ações de caçadores e traficantes de animais.
Descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), espécie exclusiva da Caatinga brasileira, teve sua população dizimada pela ação do homem. O último exemplar conhecido na natureza desapareceu em outubro de 2000.
Desde então, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro, quase todos no exterior. A ararinha é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Em 2000, foi classificada como Criticamente em Perigo (CR) possivelmente Extinta na Natureza (EW), restando apenas indivíduos em cativeiro.
A construção do Centro e o projeto de reintrodução são custeados pela ONG ACTP. A primeira soltura está prevista para 2021. Ao longo deste período os animais passarão por processo de adaptação e treinamento para viverem em vida livre. Além disto, serão realizados testes de soltura com um papagaio conhecido como Maracanã.
Redação redeGN Fotos: Ney Vital
2 comentários
28 de Feb / 2020 às 06h10
Onde é/qual o nome a/da "pequena região do interior de Juazeiro [...]"? A "Cyanopsitta spixii" é única e exclusiva da caatinga curaçaense, apesar dela ter perambulado por alguns poucos outros lugares. Spix e Martius citaram o nome outra cidade, possivelmente, devido à divisão geográfica da época de sua expedição ao Brasil (em 1819), mas, ela é somente daqui. Portanto, parem de falar/reproduzir/noticiar que ela é de outra cidade, muito menos de outro país ou outro continente. A ararinha-azul é nossa e ponto final. Nem Rio, nem Blu, nem Floresta Amazônica. É Curaçá, é "Severino" e é Caatinga! PS: a citação de Juazeiro é do ICMBio órgão responsável pelo retorno das Ararinhas Azuis à caatinga.
28 de Feb / 2020 às 06h31
Queria que o Ney Vital, que assinou a matéria, mostrasse onde a região citada pertence a Juazeiro. Apurem o que de fato é verdade (é só ver o mapa) e parem de reproduzir uma "mentira histórica", replicada por muitos erroneamente.