A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pela Lei nº 13.798/19, acontece em todo o Brasil neste mês de fevereiro. A campanha visa conscientizar a população sobre os riscos da gestação precoce e tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas.
Como hospital materno-infantil de referência para mais de 50 municípios da Rede de Saúde Pernambuco/Bahia (PEBA), o Dom Malan/IMIP de Petrolina recebe quase que diariamente adolescentes da faixa etária de 9 a 18 anos. Muitas delas são meninas, que saíram a pouquíssimo tempo da infância e estão prestes a trocar a boneca por um bebê de verdade.
Por isso, o HDM não pode deixar de fazer o papel educativo nesta ação. Para se ter uma ideia, em 2019, dos 7.173 partos realizados pelo HDM, 860 foram neste público.
De acordo com o especialista em medicina fetal, Marcelo Marques, o maior risco da gravidez na adolescência é o da prematuridade. "A gestação precoce representa um risco para mãe e para o bebê, já que a adolescente não está completamente preparada física e psicologicamente para uma gestação. A gravidez é considerada de risco e há maiores chances de aborto espontâneo, do bebê nascer com baixo peso e prematuro", relata.
Outros riscos da gravidez na adolescência: pré-eclâmpsia e eclampsia; complicações no parto que levam à cesariana; infecção urinária; alterações no desenvolvimento do bebê; má formação fetal e anemia. O risco de óbito da gestante também aumenta, assim como o risco de depressão pós-parto e rejeição ao bebê.
É preciso que a escola, a família e o médico ginecologista oriente as adolescentes que optam por ter uma vida sexual ativa, pois só a informação e a educação podem evitar uma gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis também. "Não existe outra fórmula. É abordar o tema sem tabus, aumentar o diálogo, e investir em educação e saúde, que é o que estamos fazendo", afirma o médico.
Ascom HDM
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