Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou. A frase é atribuída ao político Magalhães Pinto. E traduz bem o que ocorre na política de Petrolina neste momento.
O jornalista Magno Martins avaliou que a política é uma usina de surpresas e de interesses próprios, acima das causas coletivas. Com raras exceções, os políticos só costumam olhar apenas do umbigo para baixo. Em Petrolina, o ex-prefeito Júlio Lóssio (PSD) apareceu, ontem (15), feliz da vida, exibindo um sorriso numa foto ao lado do governador Paulo Câmara e de dois adversários históricos no PSB, o deputado federal Gonzaga Patriota e o deputado estadual Lucas Ramos.
Qual a simbologia política da imagem? As eleições municipais serão em outubro, as oposições em Petrolina estão divididas e Lóssio, principal liderança oposicionista, saiu da toca para dar um aviso: se for para derrotar o prefeito Miguel Coelho (MDB), que vai à reeleição com amplo favoritismo, será capaz de tudo, inclusive passar uma borracha nas divergências do passado com adversários, buscando uma candidatura consensual com combustão política e eleitoral.
Teoricamente, Julio Lóssio seria o candidato mais competitivo, mas enfrenta dificuldades pelo isolamento político e um problema de natureza pessoal: seus bens, compreendendo todo patrimônio construído ao longo da vida, estão penhorados pela justiça. Diante disso, o que se diz é que poderá deixar as indiferenças de lado com o PSB, apoiando o pré-candidato socialista Lucas Ramos, filho do conselheiro do TCU, Ranilson Ramos.
Ao passar o dia ontem em Petrolina, o governador deu uma demonstração, também, de que o município, maior colégio eleitoral do Sertão, é prioridade. Ali, a campanha municipal tende a ser estadualizada e até nacionalizada, porque o que estará em jogo é a disputa do Palácio com as forças que integram o grupo do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Uma briga que promete capítulos emocionantes.
No confronto com o grupo de FBC em Petrolina, o PSB quer unir todas as forças de oposição, capitaneadas por Júlio Lóssio, para impedir a reeleição de Miguel Coelho, quadro que o pai vem preparando para um projeto majoritário no Estado. Um dos gestores mais populares de Pernambuco, alavancado por transformar a capital do São Francisco no maior canteiro de obras do Estado, Miguel Coelho, se reeleito, tem chances de disputar o Palácio das Princesas pelo bloco de oposição. Com isso, FBC adiaria, mais uma vez, o velho projeto de um dia governar o seu Estado.
Odacy isolado – Ainda em se tratando de Petrolina, o que se diz por lá é que batendo o martelo no apoio à candidatura de Lucas Ramos, Lóssio indicaria Andréia, sua esposa, para fechar a chapa do socialista como vice. O acordo isolaria, consequentemente, o pré-candidato do PT, Odacy Amorim, ex-prefeito, também forte candidato do bloco oposicionista. Odacy Amorim, aliás, aceitou posar, também, na foto de ontem com o governador, Lóssio, Lucas e Patriota. Aos mais próximos, o petista diz que será candidato de todo jeito, mesmo que Lóssio e Lucas venham a se entender num palanque único.
Redação redeGN com informações Magno Martins
2 comentários
15 de Feb / 2020 às 11h12
Qualquer candidato que Paulo Camera indicar sairá vitorioso, pois Pois Paulo Camera, trouxe o hospital da mulher, duplicou a transnordestina, trouxe novos cursos para o campus UPE Petrolina, trouxe a escola técnica estadual, trouxe a filia do porto digital. Sempre traz grande obras para nossa cidade.
15 de Feb / 2020 às 12h50
Pois é, o mais conhecido político que faz isso é de Petrolina. Um homem de 10 partidos. Fez parte dos governos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Tem 285 milhões bloqueados pela justiça. Conhecido como pula pula de partidos. Alguém tem dúvida de quem estou falando?