Os brasileiros nunca pagaram tão caro pela gasolina e pelo álcool. A redação da rede GN publicou no final do ano passado que o preços em Juazeiro e Petrolina oscilam entre R$ 4,73 a R$4,88 pelo litro da gasolina. Em alguns postos o preço já bate na casa dos cinco reais o litro.
A reclamação é geral. Quem tem carro não tem como escapar. “Está um absurdo, uma coisa que você olha e pensa: ‘Nossa, como a gente paga caro para uma coisa que a gente tem aqui no nosso país?’”, contou o motorista de aplicativo Igor da Cruz.
“Qual a sensação quando chega no posto? Que estou sendo assaltada, quase isso, porque está muito cara a gasolina”, disse a oficial de Justiça Vanda Nascimento.
O preço médio do etanol bateu recorde: é o mais alto registrado pela Agência Nacional do Petróleo desde o início da pesquisa, em 2001. Três semanas atrás, a gasolina também tinha registrado preço recorde, mas houve um pequeno recuo. De qualquer forma, de novembro até agora, o reajuste da gasolina foi de quase 4%, e de 9% do álcool.
No etanol, uma das explicações é a entressafra da cana-de-açúcar. Mas o dólar, que ultrapassou os R$ 4,30, também pesa na conta.
“Há componentes como fertilizantes, que são muito impactados por taxa de câmbio, herbicidas, produtos de proteção ao cultivo e o próprio diesel, que é utilizado no transporte de cana-de-açúcar, que também sofre efeito do câmbio”, explicou Plínio Nastari, presidente da DATAGRO.
Já a gasolina, esse combustível leva etanol na composição, que representa quase 15% do preço final que a gente paga na bomba. E ainda tem a disparada do dólar que também foi determinante.
“A política de preços da Petrobras, desde o final de 2016, é atrelar o preço da gasolina e do diesel ao preço do petróleo do mercado internacional e às variações cambiais. Você faz um reajuste pelo dólar e também pelo preço do petróleo no mercado internacional. Não se usou o preço do petróleo no mercado, mas se usou o dólar para fazer um ajuste”, explicou Fernanda Delgado, professora da FGV Energia.
Em um dos postos mais movimentados da Zona Norte do Rio de Janeiro, o litro da gasolina comum está custando R$ 5,19. Se você quiser encher o tanque de um carro médio, com mais ou menos 50 litros, vai custar R$ 259,90.
Ou seja: 25% de um salário mínimo. Isso, no Rio, que tem o preço médio mais alto do Brasil, seguido do Acre. Os menores preços estão no Amapá e em Roraima. O álcool mais caro está nas bombas do Rio Grande do Sul e do estado do Rio. O mais barato, em São Paulo e na Paraíba. Como fazer essa despesa caber no orçamento?
“Trabalhando mais com aplicativos, corretagem de imóveis. Eu sou aposentada. Estou me virando nos dez, nos 30, nos 40”, disse a motorista de aplicativo Marilena Borges.
Com o valor médio do litro de gasolina registrando R$ 4,88, Juazeiro e Petrolina são os municípios com a média do litro da gasolina mais alta. Apenas no Acre e o Rio de Janeiro os motoristas pagam mais caro pelo combustível, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
Redação redeGN/Blog Geraldo José com informações JN
6 comentários
15 de Feb / 2020 às 21h16
uma cidade sem procon é assim mesmo
16 de Feb / 2020 às 07h31
Ahh, se estes aumentos fossem em governos do PT. .. Kd a reação? Kd as panelas? O povo brasileiro é muito pateta e hipócrita!
16 de Feb / 2020 às 08h14
VERDADE. CULPA DO MAU. BOLSONARO MORO TEMER GEDEU NUNCA MAIS
16 de Feb / 2020 às 14h13
Olha aí Procon, povo não é bobo
16 de Feb / 2020 às 14h26
No governo do PT os corruPTos roubavam na fonte - Dentro da Petrobras. Doaram refinarias, compraram sucata. Cadê que os governadores comunistas baixaram o ICMS? Vai demorar muito para botar esses comunistas para correr. Uns 16 anos endireitando o Brasil. Dois mandatos de Bolsonaro, quatro de Moro, e assim vamos.
16 de Feb / 2020 às 18h30
Isso é. falta de PROCON, ministério público, e monopólio dos postos de Juazeiro e Petrolina. Pois a Petrobrás da desconto nas refinarias e nunca chaga ao consumidor, e os Estados e municípios não querem perder mais essa arrecadação de impostos.