Estudantes pernambucanos e baianos estão apreensivos em relação ao futuro acadêmico. Em Juazeiro, a candidata, Francisca Paiva, 47 anos é uma das que espera ansiosa a decisão. De acordo com a estudante "é um descuido e falta de respeito um erro destes que coloca em risco toda a confiança no Enem".
Gabriel Marques, 17 anos, disse que o pior de viver a expectativa pelo resultado do Sisu é a ausência de um posicionamento oficial do MEC sobre o assunto. “Tem sido muito estressante. A gente fica pensando em mil possibilidades do que pode acontecer”, afirmou. Ele busca uma vaga na licenciatura em história da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, decidiu hoje (28) liberar a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A divulgação pelo Ministério da Educação (MEC) estava prevista para esta terça-feira, mas foi suspensa por uma liminar da Justiça de São Paulo, que também impediu o início das inscrições no Programa Universidade para Todos (Prouni).
A decisão do presidente foi motivada por um recurso protocolado na noite de ontem (27) pela Advocacia-Geral da União para derrubar a liminar proferida pela desembargadora Therezinha Cazerta, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que decidiu manter em vigor outra liminar concedida pela primeira instância da Justiça Federal para suspender a divulgação, sob alegação de que o governo ainda precisa dar um posicionamento “seguro e transparente” sobre a correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. As notas no exame são usadas pelos estudantes para fazer inscrição no Sisu e concorrer a vagas em universidades públicas em todo o país.
Na sexta-feira (25), a Justiça Federal de São Paulo havia determinado a suspensão da divulgação dos resultados do Sisu até que o governo federal demonstrasse a correção das provas do Enem que foram apontadas com problemas por estudantes de todo o país. O tribunal deu prazo de cinco dias para o cumprimento da decisão, sob multa diária de R$ 10 mil. A decisão foi motivada por um pedido da Defensoria Pública da União (DPU).
Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) informou que houve erros na atribuição de notas para cerca de 6 mil alunos. Segundo a pasta, a falha teria ocorrido na impressão das provas aplicadas em algumas cidades, sendo responsabilidade de uma gráfica. O MEC acrescentou que corrigiu o problema e não houve prejuízos para os estudantes.
Nesta terça-feira, antes da decisão do presidente do STJ, candidatos se manifestaram, pelas redes sociais, informando que tinham tido acesso a uma lista de resultados do Sisu, no site do MEC. Em seguida, o ministério divulgou nota informando que as listas publicadas por alguns minutos em seu portal “não representam resultado oficial” e que, em razão de decisão judicial, a divulgação do resultado final “continuava suspensa”.
O Sisu é a principal maneira de acessar o ensino superior público com a nota do Enem. Para participar da seleção, o candidato não pode ter zerado a redação na edição de 2019 do exame. São considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas pelo sistema informatizado do MEC em cada curso, por modalidade de concorrência. Caso a nota do candidato possibilite sua classificação em suas duas opções de vaga, ele será selecionado apenas em sua primeira opção.
Redação Blog com informações Agencia Brasil
1 comentário
28 de Jan / 2020 às 22h21
Até quando esse Ministro burro e arrogante ficará no cargo? É uma descontração total do ensino.