A renda bruta dos produtores rurais assentados no Distrito de Irrigação de Maniçoba (DIM), situado na zona rural de Juazeiro, no norte baiano, mantido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi maior em 2019, conforme números da Assistência Técnica e Extensão Rural do Dim (ATER) que fez um levantamento dos dados de produção dos anos de 2018 e 2019.
A estimativa da renda total bruta sobre as principais lavouras do Distrito - manga, uva e coco, soma aproximadamente 165 milhões somente em 2019 - uma elevação de 24% na comparação com 2018, que teve uma somatória de 133 milhões em sua renda, mesmo em meio à estiagem prolongada que afeta o semiárido.
Segundo técnicos agrícolas do DIM, a produção da manga foi a principal responsável por esses números. O fruto foi responsável por um incremento de 11% na renda bruta do produtor, e de 64% na renda bruta total de todo o perímetro de Irrigação. A uva que, mesmo tendo um crescimento de 118% em área plantada, não superou a renda gerada pela manga.
Para o produtor rural Bertolino Alves Barbosa o DIM desempenha um papel significativo no desenvolvimento da região. “O nosso crescimento enquanto produtor rural se dá ao cuidado e atenção que o DIM nos oferece, por meio de sua assistência técnica, que tem feito um trabalho de excelência. Superamos mais um ano e só temos que agradecer”, conta Bertolino, proprietário de terras de manga em Maniçoba.
O volume de produção do Distrito em 2019, foi de aproximadamente 105 mil toneladas nos principais produtos. A manga com aproximadamente 80 mil, seguido do coco com 19 mil e a uva com 11 mil toneladas. Além dessas, outras culturas são irrigadas no distrito, como mamão, melancia, melão, cebola e limão, que juntos pontuaram 11 milhões na renda dos produtores rurais no mesmo ano referido.
“Os dados revelam um crescimento das fruteiras em geral. 2019 foi o ano em que o produtor conseguiu fazer um trabalho muito bom, apoiado pela assistência técnica do Dim. O que percebemos também é que a manga tem se tornado uma fruta popular. O consumo do fruto está crescendo. Desse modo, cabe ao produtor rural se qualificar, mudar seus hábitos de manejo, porque com isso ele só tende a crescer", afirma o técnico agrícola Marcelino Ferreira.
Para o gerente executivo do DIM, Valter Matias, esse é o resultado de muito trabalho e responsabilidade. “Esses números mostram que estamos no caminho certo quanto a nossa missão, de elevar a condição socioeconômica do produtor rural e da sua família. Fechamos o ano de 2019 de forma positiva e juntos esperamos que o ano de 2020 seja ainda melhor”.
Ascom DIM Fotos: Divulgação/Codevasf
1 comentário
28 de Jan / 2020 às 17h26
Uma pergunta. O Estatuto do DIM do fala em operação e manutencao (O&M)? Senão não poderão realizar ATER entre outras atividade (apoio a producao, apoio a comercialização, credito, etc). Como é o caso do DIS salitre que só tem 0&M no estatuto. Modelo de distrito é um caos. Associação de agricultores intrigante é o modelo. Enquanto esse trabalha com atividades da porteira do.lote para dentro, nesses estatutos só trabalham atividades da porteira do lote para fora (disponibilidade de água, manutenção de estradas, vias de acesso e drenos abertos. Uma pena esse modelo obsoleto de distrito.