O Ministério Público Federal (MPF) deu entrada ontem (23), em requerimento, solicitando ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que seja mantida a prisão preventiva do juiz Sérgio Humberto Sampaio. Ele é suspeito de envolvimento em esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), relacionadas à grilagem de terras no oeste do estado.
Em nota, o MPF informou que a prisão "é medida imprescindível para cessar a atividade criminosa por parte do acusado, considerando a probabilidade de reiteração delituosa e o risco de ocultação e destruição de provas". Conforme o requerimento do MPF, a defesa do juiz apresentou pedido de revogação da prisão, alegando ausência de necessidade da custódia preventiva.
De acordo com o procurador-geral da República em exercício, José Bonifácio, que assina o parecer, o argumento é equivoco, e somente piora a situação do acusado. Ele também destacou que as investigações prosseguem e outras denúncias deverão surgir. "Sua atuação foi fundamental para o sucesso da organização criminosa, que permanece ativa", relatou o procurador.
O G1 tentou buscar posicionamento da defesa do juiz Sérgio Humberto Sampaio, mas não conseguiu contato.
A decisão que transformou a prisão temporária de Sérgio Humberto Sampaio em preventiva foi do relator do caso na Corte, ministro Og Fernandes, e teve como base a Operação Faroeste, do MPF e da Polícia Federal, que identificou o esquema ilícito.
Ao longo da Operação Faroeste, foram presos Maria do Socorro Barreto Santiago (desembargadora), Sérgio Humberto Sampaio (juiz de primeira instância), Adailton Maturino dos Santos (advogado que se apresenta como cônsul da Guiné-Bissau no Brasil), Antônio Roque do Nascimento Neves (advogado), Geciane Souza Maturino dos Santos (advogada e esposa de Adailton Maturino dos Santos), Márcio Duarte Miranda (advogado e genro da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago).
Além disso, foram afastados dos serviços no TJ-BA Maria do Socorro Barreto Santiago (desembargadora), Sérgio Humberto Sampaio (juiz de primeira instância), Gesivaldo Britto (desembargador presidente do TJ-BA), José Olegário Monção(desembargador do TJ-BA) Maria da Graça Osório (desembargadora e 2ª vice-presidente do TJ-BA) e Marivalda Moutinho (juíza de primeira instância).
Fonte G1/ Foto reprodução TV Globo
4 comentários
25 de Dec / 2019 às 08h19
Será que venderam alguma sentença para deputados de Juazeiro?
25 de Dec / 2019 às 12h22
Se o Judiciário Brasileiro que deveria ser o guardião do direito, estar envolvido em corrupção como pode um país desse ter o respeito de outras nações?
28 de Dec / 2019 às 06h41
Cadeia para esse bando de ladrão de nível superior , é muito fácil pegar terras que não são deles e se desfazerem , quer dizer quem tem escritura registrada em cartório não valem nada eles que fazem as leis para benefício próprio e os herdeiros de verdade perdendo suas terras cadeia neles pesada em vez de deles fazer a justiça estavam com uma quadrilha dessa organizada para roubar vão todos pra cadeia que assim seja ,ainda bem que tem gente honesta nesse pais pra não deixar se corromper como esses magistrados cadeia neles
28 de Dec / 2019 às 06h47
Cadeia neles bando de ladrão , ainda bem que tem gente honesta neste pais para colocar esses bandidos na cadeia, não justo quem tem suas terras registrada em cartórios passar por uma situação dessa cadeia é o lugar pra eles o pior de tudo é esse bando tudo formado em direito usando seus conhecimento para roubar as terras de quem são donos por direito como é que o pais vai pra frente desse jeito