O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, lamentou neste domingo (15) a falta de acordo em torno da regulamentação do mercado global de créditos de carbono durante a 25ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Em seu Twitter, o ministro afirmou que a “COP-25 não deu em nada” e prevaleceu o "protecionismo" de alguns países.
"Prevaleceu infelizmente uma visão protecionista de fechamento do mercado e o Brasil e outros países que poderiam fornecer créditos de carbono em razão das suas florestas e boas práticas ambientais saíram perdendo. Ainda assim, o Brasil segue firme no seu trabalho de atrair recursos para o Brasil e para os brasileiros", disse.
"COP 25 não deu em nada. Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem. Protecionismo e hipocrisia andaram de mãos dadas, o tempo todo" declarou o Ministro.
A ausência de acordo em torno de uma proposta de regulamentação foi um dos principais gargalos da conferência. Na tentativa de se chegar a um acordo em torno do texto, a conferência, prevista para terminar na sexta-feira (13), acabou se estendendo pelo final de semana. A discussão envolvendo os créditos de carbono foram adiadas para o próximo ano.
As discussões giraram em torno da criação de regras para o comércio de créditos correspondentes ao corte de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil pleiteava usar esse mercado para receber recursos, especialmente de países que mais geram emissão de gases estufa. Na sexta-feira (13), o secretário Geral da ONU, António Guterres, divulgou um vídeo pedindo mais ambição aos representantes dos Estados-membros nas metas de redução de emissão de gases poluentes.
Aprovado em 2015, o Acordo de Paris estipula uma série de medidas para os países reduzirem gases do efeito estufa a partir de 2020. O objetivo é conter o aquecimento global abaixo de 2 ºC, preferencialmente em 1,5 ºC até 2030. Ao assinar o acordo, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030 sem necessidade de ajuda externa.
Com informações da Agência Brasil
3 comentários
16 de Dec / 2019 às 08h59
Um ministro que se presta a dizer isso, só confirma a sua incompetência pra preservar o nosso meio ambiente. Só vejo retrocesso dessas pessoas que estão no governo só enxergam o lucro, lucro, lucro na frente, saí atropelando o direito à vida. Neste governo o dinheiro vale mais do que a vida do ser humano pobre e do meio ambiente. Como isso pode ser aceitável pela população que defende este governo? É muita loucura neste país. Cai por terra .
16 de Dec / 2019 às 12h17
Alguns não gostam quando se fala a verdade. Mas a maioria republicana do povo brasileiro, que elegeu democraticamente O MITO para acabar com a lábia corruPTa, apoia o governo e seus ministros. Agora tem ORDEM E PROGRESSO.
16 de Dec / 2019 às 12h18
O LULINHA passou por aí? Avisa a Federal. Cadê o LULINHA?