Na sexta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) convocou representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAURB), do Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) para discutir sobre as problemáticas ambientais do Abatedouro Abatal, em Juazeiro.
O Abatedouro Regional de Juazeiro é administrado por uma empresa privada (ABATAL Abatedouro Almeida Ltda.), que em 2009 ganhou uma concessão pública para gerir o órgão por 25 anos. O gestor da SEMAURB, Jadson Barros, esclareceu ao MPF que a empresa recebeu diversas notificações para que regularizasse as questões ambientais para que assim pudesse obter o alvará de licenciamento. “Após descumprir as notificações, a empresa foi autuada e mesmo assim continuou ignorando as recomendações necessárias”.
Representando o SAAE, a engenheira do SAAE, Louise Chiochetta, salientou que havia um acordo para a construção de lagoas de estabilização. “O SAAE construiu, junto com a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto, duas lagoas para que os dejetos oriundos do abatedouro recebessem o devido tratamento e não ficassem expostos como estavam. Lamentavelmente, a empresa ignorou o acordo e não utilizou as lagoas”.
Após os esclarecimentos dos órgãos municipais, o MPF recomendou que a SEMAURB realize o procedimento de interdição do abatedouro até que as irregularidades sejam corrigidas. A interdição está programada para ocorrer nesta segunda-feira (16).
Irislane Pacheco/PMJ
3 comentários
15 de Dec / 2019 às 13h32
Outra empresa que deveria ser interditada é o SAAE de Juazeiro. O SAAE abusa de suas funções cobrando antecipadamente contas de água dos usuários, como se esses tivessem dinheiro disponível para emprestá-lo. É como um empréstimo, você paga a conta do mês seguinte, entrega o dinheiro para o SAAE mas não recebe nada em troca, nem juros e nem descontos. É o famoso jogar barro na parede, quem paga a conta eles recebem. Mas a prática é abusiva e vai de encontro com o código do consumidor, precisa ser também denunciada ao MP.
15 de Dec / 2019 às 13h40
A noticia foi divulgada pela própria prefeitura, como se ela não tivesse responsabilidade sobre o matadouro, mas têm. Cabe ao órgão concedente, que cedeu a concessão para que a empresa explorasse o abatimento de carnes, no caso a própria prefeitura, a fiscalização da concessão e se for o caso a sua revogação quando está é inapropriada para o interesse público. Tanto a ZONA AZUL quanto o MATADOURO são concessões da prefeitura e DEVERIAM SER FISCALIZADAS pela mesma, não havendo adequação, a própria prefeitura poderia muito bem revogar a concessão. Quer dar uma de esperta a prefeitura fingimento.
15 de Dec / 2019 às 18h54
Vergonhoso essa prefeitura. Dizer que mandou notificação. Recebendo os impostos vai fiscalizar c rigor Desde de quando ? E o saae outro órgão fiscalizador o que fez esse tempo todooo? Estamos perdidos