Ouvido na terça-feira (5) pela CPI Mista das Fake News, que investiga notícias falsas nas redes sociais e assédio virtual, o jornalista Allan dos Santos, do blog Terça Livre, defendeu a liberdade de opinião e disse que “o jornalismo de direita quer existir, mas está sendo calado”. Ele foi convocado pela CPI por requerimento do deputado Rui Falcão (PT-SP), que o apontou como um grande disseminador de notícias falsas na internet, inclusive para beneficiar o presidente da República, Jair Bolsonaro, desde a campanha eleitoral de 2018. Allan alegou que são "as grandes empresas de comunicação que promovem desinformação".
O jornalista informou que criou o site em 2014 para “vencer o comunismo, as Farc [forças revolucionárias colombianas] e todo o trabalho de guerrilha armada no Brasil”. Allan reiterou seu apoio a Bolsonaro, mas negou receber financiamento do governo. Ele chegou, inicialmente, a concordar com pedido da relatora da CPI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA) para autorizar a quebra do seu sigilo bancário e fiscal. Porém, voltou atrás ressaltando que “o ônus da prova é de quem acusa”.
Allan disse ao deputado Rui Falcão que recebe doações por meio das redes sociais e que não há como identificar quem contribui, mas que paga impostos sobre esse valor. No YouTube, o canal Terça Livre TV tem, atualmente, 629 mil inscritos.
Quando questionado pelo líder do PT, senador Humberto Costa (PE) sobre sua relação com Tercio Arnaud Tomaz, assessor da presidência da República, o jornalista preferiu manter o silêncio. Tercio seria um dos comandantes do chamado “Gabinete do Ódio”, dentro do Palácio do Planalto, supostamente responsável por disseminar fake news e ataques a adversários políticos a partir do governo.
O senador sugeriu a Allan que abra também o sigilo das suas redes sociais e alertou os parlamentares presentes na audiência sobre o “linchamento virtual” e a “destruição de reputações” promovidos por blogs como o Terça Livre.
"Se nós não desmontarmos essa máquina, estaremos sujeitos ao que vários sofreram na última eleição — disse Humberto Costa, referindo-se à notícia falsa veiculada no site sobre suposto financiamento milionário de facção criminosa à campanha do PT.
O jornalista ainda se negou a responder perguntas do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), por se considerar ofendido após ser chamado de “uma espécie de Sônia Abrão digital”. O parlamentar queria saber o motivo de Allan replicar postagens de perfis no Twitter conhecidos por espalhar fake news e fazer ataques a críticos do governo.
com informações da Agência Senado
4 comentários
06 de Nov / 2019 às 19h20
Bolsonaro e Moro e Laranjas enganaram o Brasil. Gasolina 4.89. Bolsonaro faz Perseguição aos professores. Perseguição aos jornalistas. Perseguição aos estudantes
06 de Nov / 2019 às 19h22
Não sou economista, mas comecei a entender a coisa. Para o Estado juntar grana é preciso haver cortes. Mas cortar de onde? Dos poderosos? Obviamente que não. Vamos cortar dos miseráveis, afinal já estão acostumados com pouco mesmo né? Vamos congelar o salário mínimo. Vamos aumentar o número de empregos por tirar direitos do trabalhador. Isso desonera a folha de pagamento do empregador e teoricamente, ele contrata mais. Ou seja, estatisticamente vai aumentar o número de desempregados, mas na realidade haverá muitos subempregos. Por exemplo, em vez de uma vaga com salário de 2 mil, haverá duas v
07 de Nov / 2019 às 11h12
Esse é outro miliciano que trabalha para o clã dos psicopatas.
07 de Nov / 2019 às 16h29
QUANTO CINISMO DESSE "CIDADÃO", A SERVIÇO DA MALDADE