Tem decisão nesta sexta-feira (25) no Adauto Moraes. Após 55 dias de bola rolando, o Campeonato Amador de Futebol chega à grande final de 2019. A competição que envolve os clubes filiados à Liga Desportiva Juazeirense (LDJ), entidade máxima do desporto na cidade, é evento tradicional e integra o calendário esportivo oficial do município de Juazeiro, elaborado pela Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte (Seculte), órgão do governo municipal.
A partir das 20h, XV de Novembro e Desportiva Juazeirense, os dois maiores protagonistas do campeonato, decidem quem fica com o título de campeão da temporada, no ano que o futebol local celebra um século de prática na cidade.
Merecem destaque os números apresentados nos 23 jogos já realizados: foram marcados 70 gols, o que dá uma média positiva de mais de três gols por partida. Os bons jogos e o horário noturno trouxeram de volta ao estádio o torcedor do futebol amador. Além disso, a qualidade técnica de alguns jogadores atraiu observadores de clubes profissionais em busca de novos valores, quem sabe a descoberta de um novo Daniel Alves, que vestiu a camisa do Barro Vermelho no período 2000/2001, quando dava os primeiros passos no Juazeiro Social Clube.
O clássico é o tema preferido de quem gosta de futebol, em especial dos torcedores dos dois finalistas, e mobiliza a imprensa esportiva do Vale do São Francisco. Afinal, quem será o campeão do centenário? Para Gilson Patrício figura frequente nas arquibancadas do Adauto Moraes “o troféu de campeão, que esse ano homenageia o ex-jogador Celso Maravilha, só tem um destino: Juazeirense”. Genival Machado dos Santos discorda. “O Tremendão da Rua de Baixo será o campeão”, enfatiza.
Evitando polêmicas próprias dos torcedores, Rodrigo Machado, presidente do XV e José Mendes, presidente da Juazeirense, embora acostumados a grandes decisões, garantem viver ‘uma grande ansiedade’. “O campeonato foi coroado de êxito, independente de quem seja o campeão”, ressalta Machado.
Celso Leal, presidente da LDJ, antecipa balanço e comemora os bons números do campeonato. “Com certeza foi o melhor dos últimos tempos. O sucesso da competição se deve à manutenção da parceria com o governo Paulo Bomfim, que viabilizou o aporte financeiro para premiação e apoio às equipes e liga”, afirma.
Economia paralela
Além de apresentar belos espetáculos dentro de campo, fora dele o Campeonato Amador proporciona ganhos para a economia informal, ao movimentar o comércio de diversos produtos através dos ambulantes que fazem parte do cenário nos dias de jogos.
É o caso de Avelino da Costa Ribeiro, 73 anos que freqüenta o estádio desde 1992 para vender água, refrigerantes e cervejas. Para ele “não dá para ficar rico, mas ajuda a pagar as despesas de casa”.
O food-truck de Marylene Freitas e Maria das Dores Gomes é presença constante nos eventos esportivos seja amador ou profissional, vendendo sanduíches, salgados e bebidas, há quase 26 anos na atividade. As duas empreendedoras elogiaram o campeonato e, segundo Marylene, “nos dias de grandes jogos dá para faturar razoavelmente bem”.
Por Carlos Humberto / Seculte
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