Investigar e reportar. Sem paixões partidárias. Apenas o compromisso com a verdade. Transparência nas informações. A notícia lapidada por meio de apuração checada, revisada e confirmada.
Não uma, nem duas fontes. Se for viável, devido ao deadline, três delas. O jornalismo, tanto para um repórter da imprensa quanto para um assessor de órgão público, tem o dever de manter a veracidade dos fatos. Se não for pra ser assim, melhor escolher outra profissão. Aliás, muitos hoje acreditam ter o conhecimento e a astúcia de um jornalista para elaborar uma notícia. Isso tem contribuído para o empobrecimento das matérias veiculadas e, consequentemente, provocado a diminuição na formação de leitores que prezam por uma boa fonte de notícias.
Vivemos tempos de transição na Comunicação. Assim como as linhas que dividem a História em antiga, média, moderna e contemporânea, o jornalismo está em momento de reconstrução para emitir uma nova voz aos receptores, órfãos da verdadeira notícia.
Impressos choram a falta de investimentos, redações vazias por falta de publicidade, emissoras tentam emplacar matérias difamatórias, desesperados em “ganhar” audiência, revistas são fechadas e transformam-se em online com matérias produzidas por jornalistas inexperientes, que apuram notícias em suas confortáveis cadeiras e aplicativos de mensagens.
E, em meio a tanta lamentação, não há nenhuma discussão com olhos voltados para o futuro que apontem um novo caminho. Surgiu a “era Bolsonaro”, com sua comunicação digital, que o elegeu por meio de métodos e procedimentos baseados em estratégias militares, manejados de maneira pensada. Por um momento, acreditou-se nas mídias digitais como forma eficaz de propagar notícias. Ledo engano. Logo foi revelada a ineficiência e uma série de ruídos provocados por ela.
A comunicação está em período de evolução. De observância e empirismo.
Há no ar infinitas possibilidades e ninguém foi capaz, ainda, de identificá-las. Elas estão aí como nuvens em forma de pensamentos, pairando nas mentes dos profissionais da área, incapazes ainda de captá-las e transformá-las em realidade. A verdade é que ninguém aceita, mas as velhas fórmulas se esgotaram.
Está na hora de termos coragem de encarar a realidade dos fatos. O momento pede união entre todos profissionais da área, para apresentarmos um diagnóstico e discutirmos, a partir desse material, novas maneiras de comunicar. Traçar novos caminhos sem perder a essência da notícia. Manter o compromisso e responsabilidade com a verdade, além de cumprir seu papel fiscalizador.
Rennata Bianco é jornalista e coordenadora de Comunicação Social da prefeitura de Ribeirão Preto. Atuou como redatora, repórter, apresentadora em veículos impressos e emissoras de televisão. Especialista em comunicação com foco em gestão de crises.
Rennata Bianco é jornalista
10 comentários
24 de Oct / 2019 às 00h06
Filha, aprenda que não há veículo de informação ou imprensa imparciais. A imparcialidade acaba quando chegam os boletos no final do mês. O resto é balela.
24 de Oct / 2019 às 04h26
Investigar os Laranjas eh OBRIGACAO DA JUSTIÇA. O BRASIL NÃO AGUENTA TANTO LARANJAS BOLSONARO AFUNDA BRASIL
24 de Oct / 2019 às 04h29
Quim apoia ou defende Laranjal Bolsonaro pode tá com emprego ou na MAMATA com Bolsonaro?Jornalista bom ta nos blog. A TV ta mau c Bolsonaro Rico
24 de Oct / 2019 às 04h33
Perseguir jornalistas e professores e estudantes ta Errado Bolsonaro. Bolsonaro Só ajuda os 3 Filhos e Laranjas do Rio de Janeiro
24 de Oct / 2019 às 09h08
Os profissionais da comunicação, foram em maioria, alunos de um sistema educacional alienador e formatador, relacionado a uma ideologia dominante, que sempre quis a subserviência e a exploração do homem pelo homem. Os grandes meios de comunicação são de propriedade da elite econômica, direitista, que ao longo da história selecionou, em maioria, profissionais para fazer manipulação política social. Quando o país tiver um sistema de educação pública qualificado, com acesso para todos, tudo melhora, inclusive i combate a corrupção e os comportamentos pessoais, profissionais, políticos e sociais!
24 de Oct / 2019 às 09h08
Os profissionais da comunicação, foram em maioria, alunos de um sistema educacional alienador e formatador, relacionado a uma ideologia dominante, que sempre quis a subserviência e a exploração do homem pelo homem. Os grandes meios de comunicação são de propriedade da elite econômica, direitista, que ao longo da história selecionou, em maioria, profissionais para fazer manipulação política social. Quando o país tiver um sistema de educação pública qualificado, com acesso para todos, tudo melhora, inclusive i combate a corrupção e os comportamentos pessoais, profissionais, políticos e sociais!
24 de Oct / 2019 às 09h58
Laurenço Aguiar - Do PT de Sento Sé, gostaria apenas de te perguntar se você frequentou algum curso de Comunicação Social ou sua opinião se baseia apenas no "achismo". As formações ideológicas são promovidas principalmento dentro de partidos políticos, incluindo o seu PT. Os meios de comunicação estiveram sempre atrelados a políticos ou empresários ligados a políticos e aí o único "lado" que pesa é o financeiro e a manutenção do poder.
24 de Oct / 2019 às 19h13
Eu ia até dizer que o tal Laurenço caducou junto com o comunismo bolivariano, mas o senhor MÁRCIO disse tudo.
25 de Oct / 2019 às 08h45
Márcio: Tomei curso de Formação Política e Social. Minhas afirmações, são baseadas no que aprendi historicamente nas lutas. Tenho respeito por quem pensa e quer, diferente de mim. Sou militante Socialista - de esquerda e meus opositores são de direita, quando são trabalhadores, defendem a ideologia adversária deles!
25 de Oct / 2019 às 08h55
II Márcio: ... Virei aluno da Ciência Política, na teoria e prática. Com isso, há quem diga que sou "intelectual orgânico". Sei fazer diversos tipos de leitura conjuntural, principalmente sobre a criação do Estado e seu verdadeiro papel promotor de políticas públicas... ... ...