TJ-SP afasta prefeito de Barrinha por suspeita de desviar R$ 39 mil em mudas de plantas

O prefeito de Barrinha (SP), Mituo Takahasi, o Katiá (PPS), foi afastado do cargo e está proibido de frequentar prédios públicos por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerando que ele responde a três processos por supostos crimes cometidos enquanto chefe do Executivo.

A advogada Cláudia Seixas, que representa Katiá, informou que ele cumprirá a decisão, mas recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão do desembargador Ronaldo Sérgio Moreira da Silva, da 13ª Câmara de Direito Criminal, foi assinada na última sexta-feira (13). O magistrado é relator da ação em que Katiá é acusado pelo Ministério Público de desviar R$ 39,7 mil em plantas da Prefeitura.

Segundo a Promotoria, entre 100 e 150 mudas de espécies variadas foram compradas pela administração municipal entre 2013 e 2016, mas acabaram sendo plantadas na chácara do prefeito. Fotografias aéreas e laudos técnicos comprovariam o desvio a mando de Katiá.

Depoimentos de servidores públicos encarregados de buscar as plantas – incluindo palmeiras imperiais – com a caminhonete particular do prefeito e levá-las até a propriedade particular também embasam o processo movido pelo MP em agosto deste ano.

A suspensão de Katiá do cargo foi imposta como medida cautelar diversa da prisão. Segundo o desembargador, há indícios de “violação de princípios constitucionais e dano ao erário municipal”, além de suposto enriquecimento ilícito do prefeito e de terceiros.

G1