Devido o período frio em Petrolina, a baixa nas vendas do coco tem preocupado os produtores. Diferente de outros momentos de queda nas vendas, o valor de mercado não está cobrindo os custos da produção. O preço da unidade, que chegou a R$ 1 no campo, atualmente alcança no máximo, R$ 0,20.
O agrônomo, Pedro Ximenes, já estava acostumado ao período de baixa estação, quando o preço do coco cai por conta do frio. Ele investiu oito hectares da produção do fruto no núcleo três do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho. “A nossa previsão é que em setembro, esse preço reajuste e fique com preços lucrativos para os produtores”.
A orientação é que mesmo nos períodos frios, as pessoas continuem consumindo a água de coco. De acordo com Pedro Ximenes, a ingestão facilita a hidratação do organismo e eliminação do sódio do corpo.
No lote de oito hectares do produtor rural Francisco Nunes, são produzidos 320 mil frutos por ano. Sendo que 40% dessa produção vai para o consumo in natura e 60% são destinadas a indústria. A preocupação é que ele não está conseguindo escoar essa produção. “São dois prejuízos que nós temos de imediato. O primeiro é financeiro e o segundo é a sobrecarga da planta e comprometimento dessa produção no futuro”.
Um outro problema é a flexibilidade na importação da água de coco de outros países. De acordo com Francisco, o governo brasileiro precisa se impor e criar critérios mais rígidos para não prejudicar a cultura do fruto no país. “O maior prejudicado é o nordeste, então a gente precisa de ação política pra criar barreiras e não deixar extinguir a cultura do coco no nordeste”.
G1 Petrolina
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