João Carlos Marchesan*
A confirmação da notícia de um PIB negativo, no primeiro trimestre de 2019, após o IBGE ter anunciado, há mais de um mês, a queda da produção da indústria, confirma a estagnação da economia brasileira, num momento em que a posse de um novo governo criava expectativas de retomada de um crescimento sustentado, que era estimado, no começo de 2019 , em algo próximo a 3% ao ano.
Na realidade o novo governo recebeu o país em condições fiscais difíceis, com um déficit nominal de mais de 5% do PIB, uma dívida pública elevada e, pior, crescente. A equipe econômica escolheu priorizar o ajuste fiscal, onde a reforma previdenciária tem, certamente, uma importância capital. Assim, todas as esperanças de crescimento foram subordinadas à aprovação rápida de uma robusta reforma da Previdência.
Os fatos, por motivos diversos, não correram como previsto. A tramitação do projeto na Câmara, sofreu atrasos e está sendo objeto de modificações que podem reduzir a potência fiscal da economia projetada. Esta realidade, de certo modo inesperada, reduziu o otimismo do mercado o que se reflete na redução do preço dos ativos brasileiros, em depreciação cambial e na paralisia dos investimentos.
Neste cenário os fabricantes de bens de capital, que apoiaram a reforma previdenciária desde o inicio, torcem e trabalham para uma tramitação mais rápida do projeto nas duas casas legislativas, para que o país, uma vez eliminado o perigo de um crescimento explosivo da dívida pública, possa se dedicar integralmente em recuperar o tempo perdido, retomando o crescimento econômico e criando empregos e renda.
- Com a aprovação do projeto a indústria brasileira espera uma reversão nas atuais expectativas, com o aumento da confiança, tantos dos empreendedores, quanto dos consumidores, a redução do risco país, face à recuperação da solvibilidade das contas públicas no longo prazo e, por consequência, uma ulterior redução dos juros básicos, fatores necessários a um ambiente favorável ao crescimento.
Como dissemos, são todos fatores necessários para criar condições propícias a um novo ciclo de desenvolvimento mas, a aprovação da reforma da previdência, de per si, não será suficiente para dar a partida ao processo. A equipe econômica, sem se descuidar do acompanhamento do processo legislativo, deve simultaneamente implementar ações que estimulem a atividade econômica.
Será necessário diminuir o endividamento das famílias e das empresas, com crédito mais fluido e forte redução dos spreads bancários, bem como reduzir os custos da intermediação financeira nos empréstimos do BNDES às pequenas e médias empresas tornando os investimentos mais atrativos e estimular a demanda, com a retomada das obras públicas paradas, utilizando parcialmente as receitas não recorrentes, provenientes de privatizações e concessões.
Os fabricantes de bens de capital estão cientes que o progresso do país depende de uma união de esforços. Tal como apoiaram e apoiam a reforma da previdência, desde já, se colocam à disposição da equipe econômica para ajudar a detalhar as sugestões acima elencadas e para auxiliar na implementação das medidas de desburocratização e desregulamentação que estão sendo propostas pelas diversas secretarias do Ministério da Economia.
*João Carlos Marchesan é administrador, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ
6 comentários
20 de Jul / 2019 às 23h08
VIVA TRABALHAR ATÉ MORRER!! VIVA VENENO QUE DÁ CÂNCER NA COMIDA DO POVO!! VIVA O PREÇO DA GASOLINA E GÁS!! VIVA O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA!! VIVA OS ESTADOS UNIDOS SAQUEANDO NOSSO PETRÓLEO!! VIVA O FLAVIO BOZO TER COMPRADO 38 IMÓVEIS COM LUCRO LARANJAL!! VIVA A ROUBALHEIRA LARANJAL DO PSL!! VIVA O AECIO, A IRMÃ DELE, O TEMER O SERRA, O JUCÁ, O ONYX ,O MOREIRA FRANCO, A MULHER DO CUNHA, O QUEIROZ, O FLÁVIO, TODOS LIVRES E SEM PUNIÇÃO!! VIVA O POVO PAGANDO AUXÍLIO MORADIA E AUXÍLIO PALETÓ, FÉRIAS DE 60 DIAS E DÉCIMO QUARTO E DÉCIM
20 de Jul / 2019 às 23h11
Conversa pra boi dormir. A direita nunca fez nada e nunca vai fazer. A direita dona de canais de TV e de bancos odeia os trabalhadores. Tudo vai piorar.
20 de Jul / 2019 às 23h13
Bosonaro não sabe administrar sem Nepotismo e sem uma boquinha
21 de Jul / 2019 às 09h33
Gostaria que os direitistas fossem aos meios de comunicações escrita e falada e dissesse quem foi o Presidente brasileiro que conseguiu pagar a dívida externa brasileira que acumulava altos juros anuais, Quem foi o Presidente que colocou o Brasil na quinta colocação Econômica mundial, Quem foi o Presidente que criou empregos para milhares de desempregados diminuindo mais de 90% à miséria do País... Bom... só não sabe quem foi, os...
21 de Jul / 2019 às 11h59
Quando os governantes anteriores fizeram renúncia fiscal favorecendo os empresários do setor produtivo, era para que eles pudessem investir e alavancar as empresas produtivas gerando produtos de qualidade, renda e emprego e não pegar o dinheiro e ir investir no estrangeiro deixando as empresas sucateadas. O grande erro dos governantes anteriores foi o de não cobrar a contrapartida dos empresários amarrando a renúncia fiscal aos investimentos nas empresas. Dizer que a reforma da previdência vai alavancar a economia é conversa para boi dormir. Quem quiser que acredite.
22 de Jul / 2019 às 00h12
Os comunistas querem transformar o Brasil numa Venezuela, mas o povo se levantou e disse NÃO. E vão ter que engolir o BOSO por 4 mais 4 anos kkkkk.