Quando da passagem dos vaqueiros que levavam o gado para capital e descansavam as margens da frondosa árvore centenária,(origem) para depois conduzir o gado, passando pelo nosso Saldanha Marinho (Símbolo desenvolvimento), quando o imperador D. Pedro II manda trazer da Europa para desenvolver este município, trazendo mercadorias e pessoas, quando da primeira unidade de nível superior (Famesf), símbolo de desenvolvimento das ciências agrárias, até os dias de hoje, simbolizado pela retomada do desenvolvimento. Percebemos o quão frágil é o nosso amor por nossa “bela Juazeiro”.
A nossa origem continua caída, morrendo e pedindo socorro, pior desconhecida por muitos, muitos que dizem amar esta cidade! Que amor é este? Que desconhece o local que se encontra a árvore mãe, reconhecida por autores, e comunidade (moradores mais antigos) e que 141 anos de emancipação não tem o reconhecimento, respeito e importância para as próximas gerações. Que amor é este quando desconhecemos diversidade de nossa vegetação, quando poluímos nossa maior riqueza. Que amor é este, quando todo momento depreciamos a imagem de nossa cidade com piadinhas de mau gosto nas redes sociais, de problemas de infraestrutura? Herdados por gestões equivocadas do passado, quando não pensaram a cidade para o futuro, permitiram destruição de patrimônios edificados “belíssimos” que poucas cidades detinham. Que amor é este que desconhecem o valor histórico dos nossos monumentos? Que destroem patrimônios públicos desrespeita e, por conseguinte desconhecem as leis de proteção.
Hoje 141 anos após emancipação ainda não percebemos a importância de valorizar nossa história, cultura e identidade não somente como memória, mas também de oportunidades, que somente esta cultura diversa utilizada por nós catingueiros. Se pensarmos que Juazeiro de hoje detém: Tecnologia de ponta, agricultura irrigada, caprino ovinocultura, riquezas naturais, minerais, polo universitário, comércio, indústria, infraestrutura, educação de base, rede de proteção saúde municipal (3 hospitais), estrutura política administrativa, enfim todas as condições necessárias para desenvolver de forma sustentável, mas nos falta repensar atitudes de valorização de nossa história, cultura e identidade – “sentido de pertencer”. Pois o conceito de desenvolvimento sustentável tem por premissas eixos econômico, social, ambiental e preservação da historia, cultura para gerações.
Portanto não mais podemos permitir atitudes equivocadas de desprestígio da imagem da “bela Juazeiro”, através de mensagens e imagens negativas dos problemas herdados, principalmente de infraestrutura, repito herdada por gestões públicas e privadas que não entenderam a leitura de visão de futuro. Precisamos repensar nossas atitudes individuais em prol da coletividade, e quanto aos problemas estruturais devemos de forma cidadã participar das instâncias democráticas, ocupando espaços de cidadania da sociedade civil, se agrupar, cobrar dos poderes de forma organizada, ao invés de mostrar ao planeta nossas fragilidades, equivocadamente reforçando com marketing negativo estrategicamente implantado por “quem não ama esta cidade bela”, que se por ventura é enxergada como maltratada, pode ter certeza está por atitudes equivocadas de todos. Outro fator importante a ser repensado é o erro de comparar com outras cidades, pois se pensarmos nosso modelo de desenvolvimento e característica e valores já citados no texto, por questões de inteligência devemos comparar com o que se tiver de melhor no Brasil, e neste caso o entorno não deve ser parâmetro.
Precisamos repensar nossa Juazeiro com exemplos de atitudes de cidadania, respeito e comprometimento em buscar sempre melhorar nossa cidade, primeiro por nós mesmo em corrigir erros de pensamentos negativos e transforma-los em atitudes positivas, de valorização da nossa cidade. Pois estas atitudes de valorização de nossa história, cultura e identidade são na contemporaneidade oportunidades de negócios, exemplo prático em nossa cidade e região, temos no turismo atividade econômica e social que onde funciona de forma sustentável traz efeitos positivos, tais como trabalho e renda que tem nas atividades vocacionadas do saber e fazer local e regional, diferencial do destino – Vale do São Francisco região norte da Bahia. Amemos Juazeiro com cidadania, parabéns Juazeiro da Bahia, de João Gilberto (In memoria), Daniel, Luís Pereira, Ivete, e tantos joãos e Marias que construíram e constroem esta cidade bela de forma cidadã que como disse meu pai – João Benvindo: ...”precisa ser repensada.”
Jomar Benvindo dos Santos - Filho de Juazeiro
6 comentários
16 de Jul / 2019 às 19h27
Difícil com Bosonaro em Brasília estragando tudo no Brasil
16 de Jul / 2019 às 23h07
“Gabriel” Bolsonaro tem seis meses de governo, e a decadência de Juazeiro vem desde que os comunistas chegaram ao poder. Não coma capim demais.
16 de Jul / 2019 às 23h45
Parabéns Jomar! Bastante oportunas as suas colocações, para que os Juazeirenses reflitam melhor sobre o valor da nossa cidade e que tenhamos sentimento de que ela nos pertence, independente de quem seja o Gestor, é preciso reconhecer seus diversos aspectos positivos, sem se ater a comparaçoes, acompanhar melhor a sua gestão, criticar quando necessário, apontar alternativas e acima de tudo, não praticar e nem permitir certas atitudes que comprometam a imagem da cidade , como por exemplo, jogar lixo e entulho nas vias publicas, destruir placas de sinalização e outros equipamentos públicos.
17 de Jul / 2019 às 06h12
GRAÇAS AO NOSSO PREFEITO,BOLSONARO SEQUER SABE QUE JUAZEIRO EXISTE !AO INVÉS DE APROVEITAR E LEVAR DEMANDAS PARA O NOSSO PRESIDENTE,QUE ESTAVA A POUCOS METROS DAQUI,PREFERIU SE ESCONDER PARA DEPOIS DESFILAR OSTENTANDO A CAMISA DO" LULADEUSMELIVRE",ASSIM,ENQUANTO PETROLINA CRESCE,JUAZEIRO DESAPARECE.
17 de Jul / 2019 às 06h46
Juazeiro somente mudará de verdade e para melhor com uma política séria. Isso precisa de políticos que olhem sério para o seu povo. falar nesse assunto...saudades grandes do polêmico e admirável escritor Prof. Otoniel Gondim!
17 de Jul / 2019 às 09h42
Paulo Bonfim tá mais pra Bostanaro do que para Lula. O "estilo" de má gestão é o mesmo. Só dão cagada e só falam merda.