Representantes de 3.772 produtores rurais de sete perímetros públicos irrigados de Juazeiro e Petrolina, no Vale do São Francisco, se reuniram na tarde desta terça-feira (9) para reclamar de um reajuste médio de 400% no valor da outorga d'água cobrada pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Durante o encontro, realizado na sede da 6ª Superintendência da Codevasf, em Juazeiro, os gerentes executivos e advogados dos perímetros Tourão, Maniçoba, Mandacaru, Curaçá I e II, no lado baiano, e Senador Nilo Coelho e Bebedouro, em Pernambuco, analisaram a nova metodologia de cobrança revelando que o aumento é abusivo e pode comprometer a produção agrícola da região.
"Somente para se ter uma ideia da gravidade deste reajuste os 279 produtores do projeto Tourão pagaram no ano passado o valor de R$ 290.000,00. Com a mudança a ANA aumentou a outorga para R$ 2.200.000,00 com vencimento para o dia 31 deste mês", reclamou o gerente executivo do perímetro, Walter Farias. Ele salientou ainda que se o impasse não for resolvido o aumento também terá que ser absorvido e pago por toda a população que vive e utiliza a água dos projetos agrícolas. O Tourão é considerado o maior projeto agrícola de Juazeiro ocupando uma área de 15.300 hectares.
Lembrando que o aumento é referendado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF, o gerente executivo do maior projeto de Petrolina, o perímetro irrigado Senador Nilo Coelho, Paulo Sales, também não poupou críticas à nova metodologia. "Não fazemos ideia dos valores utilizados como base para o cálculo desta cobrança. Isto significa um custo a mais na cadeia de produção que não traz qualquer benefício direto para a agricultura irrigada regional", pontuou o gestor do projeto que reúne hoje 2.329 produtores rurais numa área de 22. 500 hectares.
Para o superintendente da 6ª SR da Codevasf, Elmo Nascimento, a situação é muito preocupante e exige um envolvimento maior da entidade na esfera regional e nacional. "Encaminharemos a discussão para a direção da Codevasf, em Brasília - DF, visando uma participação efetiva na resolução desta situação bastante delicada, tendo em vista que envolve o segmento que mais gera empregos e renda no Vale do São Francisco", concluiu Nascimento.
Também reclamaram do aumento os representantes do perímetro Maniçoba (625 produtores em 8.600 hectares), Mandacaru (88 produtores em 700 hectares), Curaçá I (127 produtores em 2.974 hectares) e Curaçá II (139 produtores em 777 hectares), na Bahia, e o Projeto Bebedouro (185 produtores em 1.800 hectares), em Petrolina.
Clas Comunicação & Marketing
5 comentários
10 de Jul / 2019 às 14h13
Um absurdo essa cobrança...
10 de Jul / 2019 às 20h34
Foi o ... do bolsonaro. E agora? Bolsominios incautos.
10 de Jul / 2019 às 22h37
O projeto Tourão é ocupada em seus 86% por uma só pessoa: A Agrovale. Cana-de-Açucar.
11 de Jul / 2019 às 07h46
A turma do agronegócio em peso viajou na barca furada do Bozo, pior que o pequeno vai sofrer também. Presentinho do Bozo ! E ainda vem mais !
11 de Jul / 2019 às 12h26
Já sabemos quem foi, quem é, e quem queremos para mudar Juazeiro... Quem desejar mudar esse joguete de pingue-pongue... quem quiser mudar, de verdade, poderá escolher se pinga na festa circense, se ponga nas caravanas da mentira ou se AVANÇA e se liberta dos grilhões dos grupinho e do atraso. Cansado de enganação? LIMPE Juazeiro com: L egalidade I mparcialidade M oralidade P ublicidade E ficiência AVANTE Juazeiro! Não precisamos de muito para fazer muito! AVANTE 70! LIMPE Juazeiro!