A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, encaminhou nesta sexta-feira (21) ao STF (Supremo Tribunal Federal) parecer contrário ao pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular sua condenação no caso do tríplex de Guarujá. Diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil envolvendo a atuação do ex-juiz e hoje ministro Sergio Moro (Justiça) fizeram a Segunda Turma do Supremo desengavetar um pedido de Lula pela anulação do processo que levou o petista à prisão em abril do ano passado.
A solicitação foi feita sob o argumento de que Moro não foi imparcial na análise do caso. O pedido foi reforçado por petição apresentada no dia 13 pela defesa de Lula. Eles dizem que as conversas de Moro e Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, revelam "completo rompimento da imparcialidade" do ex-juiz. A ação está na pauta do STF de terça-feira (25), mas, conforme informou a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, há possibilidade de adiamento. A decisão deve ser tomada durante a sessão.
Nas conversas publicadas pelo site Intercept desde o dia 9, Moro sugere ao Ministério Público Federal trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobra a realização de novas operações, dá conselhos e pistas e antecipa ao menos uma decisão judicial. Além disso, o então juiz propõe aos procuradores uma ação contra o que chamou de "showzinho" da defesa do ex-presidente Lula e propõe à Lava Jato melhorar o desempenho de uma procuradora durante interrogatórios.
Segundo a legislação, é papel do juiz se manter imparcial diante da acusação e da defesa. Juízes que estão de alguma forma comprometidos com uma das partes devem se considerar suspeitos e, portanto, impedidos de julgar a ação. Quando isso acontece, o caso é enviado para outro magistrado. Até aqui, Moro tem minimizado a crise e refutado a possibilidade de ter feito conluio com o Ministério Público. Assim como os procuradores, disse não ter como garantir a veracidade das mensagens (mas também não as negou) e chamou a divulgação dos diálogos de sensacionalista.
Folha Press
7 comentários
22 de Jun / 2019 às 08h14
Brasil lHoje Lascado na mão de Bosonaro...
22 de Jun / 2019 às 08h15
A GENTE SÓ NÃO SABIA QUE O JUÍZ M....COMBINAVA OS RESULTADOS ANTES DO JOGO!AÍ A BOLA ROLAVA SOLTA NO SUBMUNDO DAS COMBINAÇÕES!
22 de Jun / 2019 às 08h53
As letras frias das leis brasileiras valem apenas a quem convém. Nunca acreditei nessa justiça.
22 de Jun / 2019 às 11h42
Lula já está preso e " condenado" e ainda ficam como coiotes saboreando o cheiro da malandragem que cometeram. O único Presidente do País, cujo maior erro foi trabalhar para a população carente da Nação, dando dignidade a quem já o tinha perdido, mesmo preso, ainda consegue fazer os poderes constitucionais, juntamente com os Generais, se borrarem de medo. VIVA LULA O PAI DOS NECESSITADOS.
22 de Jun / 2019 às 16h42
Quer dizer então que divulgar audios de imvestigados pela lava jato pode, se não me engano esses audios tb impulsionaram a queda da Dilma que favorecia o Temer, que por sua vêz indicou a dignissima Rachel, que ajudou a campanha de Bolsonaro, que tinha o apoio do Moro que queria ser ministro da justiça pra chegar no Supremo por que esse foi o caminho de Alexandre de Moraes e por ai vai.
22 de Jun / 2019 às 19h36
QUER CONTINUAR NO CARGGO DE PROCURADORA. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
23 de Jun / 2019 às 17h09
A procuradora se corrompe com essa declaração. Aceitar que Juiz combine com promotoria acusação, e esquecer de que a base do poder judiciário é exatamente a fenda nos olhos da justiça. A balança de um lado é a acusação, e a balança do outro é a defesa. O JUIZ COM OS OLHOS VENDADOS é quem deve balançar o direito. Essa base foi quebrada pelo ex-juiz Sérgio Moro. Mas a procurador deixa-se levar pela corrupção e ataca quem revelou o crime.