Quais os principais limitantes do desenvolvimento da caprinovinocultura na região do Vale do São Francisco? Existe mercado para produtos derivados desse segmento? Que estratégias podem ser utilizadas para melhorar o arranjo produtivo local? Esses foram apenas alguns dos questionamentos levantados durante a mesa-redonda que discutiu a Produção Animal no Semiárido e abriu oficialmente o II Simpósio Ibero-Americano de Marcas de Qualidade de Produtos Cárneos e Cadeia Produtiva da Carne (II Siacarne), nesta terça-feira (18), no auditório do Senac, em Petrolina.
Estiveram presentes na solenidade de abertura o presidente do evento, Paulo Dalmás; a reitora do IF Sertão-PE, Leopoldina Veras; a pró-reitora de Pesquisa, Luciana Cavalcanti; o coordenador de Pós-Graduação em Ciência Animal da Univasf, Fernando Bibiano, representando o reitor Julianeli Tolentino; o chefe da Embrapa Semiárido, Pedro Gama; o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco, Odacy Amorim; a gerente do Senac Petrolina, Morgana Patrícia, além de estudantes e integrantes da cadeia produtiva da carne.
O consultor técnico da Embrapa, Clóvis Guimarães iniciou o debate, apontando problemas da produção regional, como o abate clandestino, a baixa qualidade da matéria-prima e a falta de padronização dos produtos. "Aqui ainda está longe de chamar cadeia produtiva. O importante é a junção de todos os segmentos, quem fabrica e fornece o material que o produtor usa, quem cria os animais, quem abate, quem comercializa os animais, quem dá a assistência técnica. É preciso primeiro colocar todos esses atores juntos, para depois ter uma coesão, uma harmonia. Isso ainda não existe aqui", afirmou.
O gestor do projeto Apris, Claus Muraoka, mostrou a possibilidade de um mercado forte a partir da produção de carne caprina de qualidade, mesmo diante das dificuldades existentes na região e das exigências mercadológicas. Outro exemplo da viabilidade da produção da caprinovinocultura foi apresentado pelo agrônomo José Lucas Barros, através do Programa Super Berro, realizado em parceria com o Sebrae, com o objetivo de implantar melhorias no setor a partir de quatro prioridades envolvendo gestão e tecnologia.
A zootecnista Alessandra Azeredo encerrou o debate enfatizando a enorme potencialidade de produção de ovinos e caprinos existente na região e a necessidade de formação de uma cadeia produtiva forte, em consórcio com a fruticultura já estabelecida no Vale do São Francisco.
A programação do II Siacarne seguiu durante a tarde, com a palestra do professor Francisco de Assis, que abordou a produção programada de cordeiros. O professor Alfredo Jorge Teixeira falou sobre tendências e preferências em relação à produção de carne e sua qualidade. O dia de evento foi encerrado com apresentações de trabalhos.
O II Simpósio Ibero-Americano de Marcas de Qualidade de Produtos Cárneos e Cadeia Produtiva da Carne segue até esta quarta-feira (19), com a apresentação de palestras e mesa-redonda. A programação pode ser conferida no site www.siacarne2019.com.br. O II Siacarne é organizado pelo IF Sertão-PE, em parceria com Univasf, UFPB e Embrapa Semiárido e conta com o apoio da Rede Ibero Americana de Marcas de Qualidade de Carnes (Marcarne), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Sebrae-PE.
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