A Bahia é o segundo maior produtor de frutas do país, com mais de 3,3 milhões de toneladas ao ano, ficando atrás apenas de São Paulo. O norte baiano é uma dos principais fornecedores de fruta do país. De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado também é o maior produtor de manga do país, com cerca de 281 mil toneladas por ano. Juazeiro (130.488 mil toneladas por ano) e Casa Nova (54.859 mil toneladas por ano) ocupam o topo da lista das cidades brasileiras que lideram o cultivo da fruta.
Além da manga, a região se destaca na produção estadual de melão. São cerca de 32 mil toneladas ao ano, o que corresponde a 52% da produção baiana. Na fazenda da família da empresária Andrea Otsuka Marques é produzida manga em uma área de 300 hectares. A propriedade chega a produzir, por ano, uma média de 13 mil toneladas da fruta, que passa por um processo de controle e qualidade. As mangas são levadas em caixotes a um galpão e o cuidado continua na lavagem, na secagem e no processo de embalagem das frutas.
Na safra, que vai de agosto a dezembro, a empresa chega a empregar 500 pessoas. As mangas que os trabalhadores da fazenda embalam abastecem muitos países, principalmente da Europa. A Bahia também é o maior exportador de goiaba. São vendidos mais de R$ 91 milhões por ano. Há mais de quatro décadas a irrigação viabilizou a agricultura no norte da Bahia e mudou o cenário no campo, resultando em números positivos para a economia, além do desenvolvimento da região de Juazeiro.
Entre os projetos de irrigação no norte do estado está o Maniçoba, que com as águas do Rio São Francisco, irriga as plantações de frutas, como manga e uva. Mais de 600 produtores rurais exploram os 9 mil hectares irrigados pelo Projeto Maniçoba, uma área equivalente a mais de 12 mil campos da Arena Fonte Nova, principal estádio da capital baiana. Devido a grande produção de frutas em Juazeiro, a cidade do norte da Bahia ganhou um centro de excelência em fruticultura, que oferece cursos técnicos a quem quer ingressar no mercado e orientação aos produtores.
"Para a pessoa poder se qualificar para exportar, é preciso estar muito bem tecnificado e tem que cumprir todas as questões de sustentabilidade, que e a segurança alimentar, respeito ao meio ambiente, responsabilidade social. Isso ajuda a ele, não só a exportar muito mais, mas também ajuda ele no mercado brasileiro", disse o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas, Luiz Barcelos.
O estudante Mário Augusto Passos, que trabalha no entreposto comercial de frutas e verduras de município, resolveu apostar no curso técnico em fruticultura. "Aqui só tem a agregar valor, quando você puder concluir e sair para colocar em prática poder fazer prevalecer aquilo que nos foi mostrado detalhadamente com cada módulo aplicado", disse ele.
G1 Bahia
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