O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), Elmer Vicenzi, foi demitido nesta quinta-feira, 16. Ele estava no cargo desde 29 de abril. Vicenzi é ex-delegado da Polícia Federal e assumiu após a demissão de Marcus Vinicius Rodrigues, que foi o primeiro a assumir o posto na gestão de Jair Bolsonaro e caiu porque resolveu acabar com a avaliação de alfabetização.
O órgão é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Vicenzi estava em meio a uma disputa com integrantes da procuradoria do Ministério da Educação (MEC), órgão ao qual o Inep é ligado. Ele defendia a transparência dos dados produzidos pelo Inep, como avaliações e indicadores educacionais. havia divergências também em relação ao Enem.
Vicenzi é a primeira baixa do MEC na gestão de Abraham Weintraub. A pasta ficou marcada pelas dezenas de demissões quando Ricardo Vélez Rodríguez era o ministro.
O ex-presidente elogiava da forma como o Enem é atualmente e inutilizou o relatório de uma comissão que foi formada na gestão anterior para analisar a "adequação" das questões. A ideia era a de que o grupo identificasse questões que tivessem "teor ofensivo". Ele chegou a declarar que os itens (como são chamadas as perguntas da prova) são bens públicos e não poderiam ser jogados fora.
Estadão Conteúdo
4 comentários
17 de May / 2019 às 06h27
Bosunaro eh sinônimo de demissão atraso doenças desemprego para o povo. Para os filhos de Bosunaro eh milhões 19 apartamentos lanchas salário de 50 mil por mês
17 de May / 2019 às 07h58
Deixe de comentários fake, estelionatário.
17 de May / 2019 às 11h11
MUITO BEM RUTY
17 de May / 2019 às 17h21
Hoje o Daily Telegraph repercutiu a saída de Elmer Vicenzi. Reproduz um comentário do Ministro Abraham Weintraub, em conversa com o então presidente do INEP. Segundo Elmer o Ministro teria confidenciado que as notas do ENEM seriam "avaliadas" por pessoas ligadas a Bolsonaro, "afinal temos de garantir vagas para as pessoas que nos são próximas,só entra comunista e até pobre na Universidade e nosso pessoal ficando de fora. Esse ano não será assim" . Ainda segundo o relato o Presidente do INEP discordou, não porque fosse contra a entrada de "amigos", mas porque "é um risco".