Reitores de cinco universidades de Pernambuco convocam a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para um Dia D de mobilização contra os cortes nos orçamentos das instituições federais anunciados pelo Ministério da Educação no último dia (30). O ato, marcado para o dia 21 deste mês, tem como objetivo alertar a população sobre a importância das universidades para o País.
O anúncio foi feito pela reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, que realizou, na manhã desta quarta-feira (8), uma reunião na sede da instituição. Também participaram do encontro os reitores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro; Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Julianeli Tolentino de Lima; Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Falcão; e da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), padre Pedro Rubens; além do secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Frederico Amâncio.
Somente na UFRPE, que possui 17 mil alunos entre ensino médio, graduação e pós-graduação, o corte anual é de R$ 27,94 milhões de acordo com a reitora. Ainda segundo Maria José de Sena, a universidade tinha R$ 90,46 milhões para receber este ano, mas, com os cortes, as atividades não deverão durar até novembro deste ano.
“Nós já vivenciávamos uma situação de contingenciamento nas universidades. Não há mais de onde cortar. Essa redução orçamentária praticamente inviabiliza o funcionamento das universidades. A sociedade precisa compreender a gravidade desse cenário”, relatou.
O reitor, Anísio Brasileiro, avaliou a situação da universidade de "dramática". “Do corte de R$ 55,8 milhões, R$ 50 milhões eram para custeio de manutenção com energia, água, segurança e limpeza, já os R$ 5,8 milhões eram para equipamentos e obras. O corte inviabiliza, a partir do mês de setembro, o funcionamento da instituição”, afirmou.
“Nós teremos todas as nossas atividades acadêmicas comprometidas, como as pesquisas, os laboratórios integrados ao Hospital das Clínicas ou áreas ligadas à prestação do serviço à população que vão ser fortemente impactadas”, relatou Anísio.
Através de uma mobilização realizada nas redes sociais, estudantes da UFPE, UFRPE e Univasf irão às ruas neste sábado (11) para mostrar à população algumas pesquisas e projetos desenvolvidos nas universidades.
O movimento, iniciado pelo Instagram com contas que mencionam ironicamente a palavra “balbúrdia”, em referência ao termo utilizado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre o corte de verbas das universidades, mostram projetos de extensão realizados por alunos e a importância deles para o País.
Ao todo, o bloqueio de verba soma em todo Brasil cerca de R$ 2,2 bilhões.
Folha Pernambuco
3 comentários
08 de May / 2019 às 18h14
Quando o PT contou bilhões, ficaram bem quietinho. Agora a conta da roubalheira da quadrilha comunista chegou, e todos vamos pagar. Administrar com dinheiro é fácil.
08 de May / 2019 às 18h15
Em videoconferência com alunos de uma escola pública de Goiás, Jair Bolsonaro afirmou hoje que “ninguém vai cortar [recursos] da educação por maldade”, registra o UOL. “O Brasil está em uma situação difícil quando se fala em dinheiro. Herdamos uma dívida muito grande de governos anteriores, mas faremos o possível para bem atender vocês na educação”, declarou o presidente. “Ninguém cortou 30% da educação. Estamos pegando recursos de uma área e botando em outra. Mais recursos para educação básica. No começo, contingencia tudo. Outros governos também contingenciaram”, prosseguiu Bolsonaro. “
08 de May / 2019 às 18h16
“Ninguém vai cortar da educação por maldade. Mas não temos como pagar as dívidas que o Brasil tem, e por isso esse contingenciamento”, completou. Ao todo, os bloqueios anunciados pelo MEC podem chegar a R$ 7,3 bilhões e atingem todas as esferas da educação, desde a infantil até a pós-graduação. Bolsonaro: "Não existe time de militares nem de Olavos. É um time só". (O Antagonista)