Vai ser realizada nesta terça-feira (16), na Câmara de Vereadores de Juazeiro, uma audiência pública para discutir a situação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que iniciou greve por tempo indeterminado na última terça-feira (9). Professores, estudantes e técnicos convocam a sociedade civil para estar presente, às 17horas, para juntos unir esforços em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.
A audiência pública faz parte do calendário de mobilizações dos departamentos de Ciências Humanas (DCH) e de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III, em Juazeiro. Na reunião, serão discutidas questões da greve e a contribuição da instituição para o desenvolvimento regional e formação de profissional qualificado.
Patrimônio cultural e educacional de toda a Bahia, a UNEB está instalada no Vale do São Francisco há cerca de 50 anos, colaborando com a formação de Engenheiros Agrônomos, Pedagogos, Bacharéis em Direito, Jornalistas, Administradores e Graduados em Bioprocesso. Referência na qualificação e formação de pessoal, e no acesso ao ensino superior com qualidade humana e técnica, a universidade vem desenvolvendo produções científicas que contribuem para o desenvolvimento regional.
Importante polo educacional, além dos cursos de graduação, a UNEB tem em pleno funcionamento três Programas de Pós-Graduação de Mestrado: Educação, Cultura e Territórios do Semiárido (PPGESA); Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH), Horticultura Irrigada (PPGHI); e Doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) e Doutorado Profissional em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial, recentemente aprovado.
Entretanto, a universidade tem sofrido um ataque sistemático na promoção da educação pública e de qualidade, tendo em vista que o governador Rui Costa (PT) vem promovendo contingenciamentos dos recursos orçamentários que comprometem o funcionamento básico da instituição e a função social desta universidade.
Não tem havido aumento das vagas docentes, nem concursos públicos; direitos trabalhistas como Licença Prêmio e Sabática e promoção e progressão de carreira estão ameaçados; as universidades perderam autonomia após implantação do sistema de RH; o salário dos servidores está congelado, e sem a reposição da inflação acumula perda de 25%; aumento da alíquota previdenciária de 12% para 14%, reduzindo os salários.
A redução da verba destinada aos Campi vem afetando diretamente os alunos: faltam pinceis para aulas e papel higiênicos nos banheiros; equipamentos como data show, câmeras fotográficas e laboratórios estão sem manutenção, o que afeta diretamente as aulas; projetos de iniciação científica e extensão estão comprometidos.
Diante disso, professores e alunos estão realizando mobilizações, como atos e aulas públicas, para conscientizar e mobilizar a sociedade civil e os representantes de governo, a fim de unir forças em defesa da UNEB.
Ascom/Thiago Santos Foto: divulgação
1 comentário
16 de Apr / 2019 às 10h16
Bravo, bravo! Seria melhor trabalhar os problemas do Município, deixar os deputados cuidar disso, tenho algumas orientações, vamos rever o PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico, explicando melhor a cobrança da taxa de Lixo e esgoto...........