“Minha principal dificuldade em relação aos limites constitucionais é cumprir o índice de pessoal. E acho que essa é a dificuldade de todos os gestores que querem fazer mais com menos. O meu município tem 250 mil habitantes e uma máquina gigantesca para atender a expectativa da população”. Essas foram as palavras do vice-presidente institucional da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim.
Ele participou do painel ‘Evite cair no CAUC: estratégias para uma boa prestação de contas’, na tarde desta quarta-feira, dia 10, durante a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Na troca de experiência entre prefeitos de todo o Brasil, o gestor municipal de Bandeira, em Minas Gerais, Antônio Rodrigues, concordou com Paulo. “A gente precisa que a CNM nos ajude a que não se acrescente esse gasto com pessoal no cálculo dos limites federais”.
Foram passadas orientações sobre como evitar pendências junto ao Cadastro Único de Convênios (CAUC), que impedem estados e municípios de receberem recursos federais. Os participantes afirmaram que os dados apresentados pelas prefeituras devem refletir a realidade do município e que a qualidade da informação prestada deve estar em primeiro plano.
“Esse evento mostra que os aspectos de governança também estão no escopo da agenda municipalista. A preocupação que eu tenho é que alguns gestores não colocam a técnica como algo que determina uma boa gestão”, alertou Vitor Maciel dos Santos, Auditor do TCM-BA.
Também participam do evento, Diana Vaz de Lima, professora na área de contabilidade política da UNB, Marcus Vinicius, analista de contabilidade pública municipal da CNM, e Ernesto Carneiro Preciado, chefe do departamento do CAUC/STN.
A Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que vai até esta quinta-feira (11), é considerada o maior evento político da América Latina e conta com a participação de mais de 280 prefeitos baianos. Ao final do painel, o prefeito Paulo Bomfim convocou os colegas. “Eu queria um pouco mais de vibração dos colegas prefeitos para a gente poder cobrar ações dos governantes e das pessoas que fazem gestão com recurso público. Quero ver o ‘menos Brasília e mais Brasil’ acontecer na prática”.
Ascom UPB
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11 de Apr / 2019 às 16h00
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