A Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) manifesta repúdio à medida anunciada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, que confirmou a recomendação do presidente Jair Bolsonaro para atos em comemoração ao Golpe Militar, no próximo dia 31 de março.
Para os defensores públicos federais, que atuam na garantia dos direitos humanos, a decisão do Governo é um estimulo grave ao ódio e à tortura. Celebrar a data é ignorar a dor de dezenas de brasileiros, é retroceder aos direitos conquistados sob a morte daqueles que lutaram por um País livre, entre eles índios, sindicalistas e líderes rurais e religiosos, desaparecidos e assassinados durante o triste período da ditadura militar.
Temos apreço e respeito às Forças Armadas que têm como seu papel institucional garantir e preservar os poderes constitucionais. No entanto, sob a pretensão de exaltar o Exército Brasileiro, a comemoração do golpe de 64 celebra um momento em que o papel das Forças Armadas foi deturpado e corrompido. O golpe de 64 representou uma violação profunda do Estado Democrático de Direito, inaugurando um período em que a tortura, a violência e a perseguição política foram institucionalizados no Brasil.
Em nome daqueles que sofreram e ainda sofrem a dor dos dias marcados pela ditadura militar, rechaçamos qualquer manifestação no sentido de reconhecer a data além do que ela estritamente representa: um dos períodos de maior sofrimento na história do País.
5 comentários
27 de Mar / 2019 às 13h16
Todos que morreram eram Comunistas e Terroristas assassinos
27 de Mar / 2019 às 17h22
Marvel gente igual a você então defende a tortura morte ladroagem que milicianos Bosonaros Laranjas fazem???
27 de Mar / 2019 às 18h09
VIVA 31 DE MARÇO DE 64 - Quando o povo disse não aos comunistas terroristas. VIVA 28 DE OUTUBRO DE 2018 - Quando o povo disse não aos comunistas corruPTos.
27 de Mar / 2019 às 19h51
Já que é assim "RUTY" então diga para nós o que o LA MARCA, CARLOS MARIGHELLA E e DILMA ROUSSEF faziam quando eram "militantes" do PC do B com aqueles que eram pegos em alguma falha... Como era o modus operandi daquele grupo, hein? E as bombas estouradas nas ruas, o assassinato do soldado MÁRIO KOZEL pelo grupo terrorista COLINA que a "presidenta inocenta" fazia tanta questão de dizer que fazia parte? Eles só lançavam flores né? Eles eram da "paz" né?
27 de Mar / 2019 às 20h58
"Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada." Roberto Marinho, Presidente da Globo, ao final do Regime Militar.