A leitora Mariana Almeida entrou em contato com nossa redação relatando um drama que está vivendo em sua escola. Segundo ela, a estudante está sendo impedida de ir as aulas por que precisa levar seu bebê ao colégio. Entenda o fato contado pela própria, abaixo:
"Eu, Mariana, 19 anos, curso o 2° ano do ensino médio no colégio Estadual Hildete Lomanto e sou mãe de uma bebê de quase 2 meses. Para conseguir conciliar os estudos com a maternidade, eu decidi levar a minha filha à sala de aula. Assim que cheguei na porta do colégio fui barrada. A vice diretora da escola me proibiu de frequentar as aulas com a criança.
Eu sou obrigada a levar a minha filha para a escola, não por não ter com quem deixar, e sim, porque ela é uma bebê e só mama, não quero induzir outro alimento só para ter que frequentar uma ESCOLA. Até uma professora se comoveu com o meu constrangimento e disse "Ela não é a primeira mãe a fazer isso. Tenho alunos que tem filhos de 3 a 5 anos de idade, quando isso acontece eu dou um lápis e um papel para eles brincarem a vontade. Até já ninei um bebê para a mãe dele ter que terminar uma prova minha. Além de professora sou mãe e mediadora de conflitos. Se a mãe leva o filho para a escola tenho que reconhecer o esforço dela e ajudá-la. Se um aluno chega atrasado por conta do trabalho também procuro entender. Esta também é a minha função, o que não pode é deixar de assistir aulas".
A vice diretora disse que são normas da secretaria de educação, que se eu não tiver com quem deixar a minha filha vou perder o ano letivo. Ela pediu até para o guarda ficar sempre olhando se quando eu chegar, vou chegar lá com a criança. Fiquei muito constrangida e tive que me retirar. Vários alunos e outras mães ficaram ao meu favor, falaram até em abaixa-assinado para que possamos levar nossos filhos para sala de aulas já que não temos com quem deixar e queremos ter um futuro.
O que mais me revolta é saber que esse colégio tem de tudo um pouco, desde 2014 que estudo lá e já vi de tudo que vocês imaginam. Por várias e várias vezes já cheguei no colégio e tinha alunos na área externa aonde tem uma pequena pracinha e fica alguns alunos fumando cigarros, e acreditem até maconha. Aí uma mãe não pode levar um bebê para a escola?! É por isso que o Brasil não vai para frente e Juazeiro só vai de mal a pior" finalizou.
9 comentários
26 de Mar / 2019 às 10h50
O professor é obrigado a aturar de tudo agora! Se fez filho, vá cuidar primeiro e depois volte a estudar, na hora de virar "os zóin" quem pensa nas consequências. Escola não é berçário...
26 de Mar / 2019 às 11h30
A presença de crianças nas salas de EJA Essa é uma problemática antiga, mas pouco estudada e parece que os estudos realizados sobre, não servem de parâmetros para que os governos se parametrizem para ir corrigindo de maneira inovadora as problemáticas que atingem os sistemas de ensino e deságuam na evasão ou abandono. Dizem que há distância entre o que é produzido pela universidade e o que acontece com a escola, mas muitos dos estudos, sequer são lidos. Só para ter um exemplo, aqui na UNEB em Juazeiro - BA, no Mestrado PPGESA foi defendida pela Professora Willany da Cunha Reis, uma dissertação
26 de Mar / 2019 às 11h37
Um dissertação, cujo locus de pesquisa são as escolas do sistema municipal e a temática é essa: A presença das crianças na escolas de eja e os desafios dessas mães para concluírem seus estudos. O trabalho propõe saídas e pode ser acessado em : http://ppgesa.uneb.br/wp-content/uploads/2017/07/Disserta%C3%A7%C3%A3o-WILLANY-DA-CUNHA-REIS.pdf Que os conhecimentos produzidos posam contribuir sempre com as saídas para os problemas enfrentados pela sociedade... A presença da criança não pode ser empecilho para a não garantia do direito à Educação.
26 de Mar / 2019 às 12h01
Um dissertação, cujo locus de pesquisa são as escolas do sistema municipal e a temática é essa: A presença das crianças na escolas de eja e os desafios dessas mães para concluírem seus estudos. O trabalho propõe saídas e pode ser acessado em : http://ppgesa.uneb.br/wp-content/uploads/2017/07/Disserta%C3%A7%C3%A3o-WILLANY-DA-CUNHA-REIS.pdf Que os conhecimentos produzidos posam contribuir sempre com as saídas para os problemas enfrentados pela sociedade... A presença da criança não pode ser empecilho para a não garantia do direito à Educação.
26 de Mar / 2019 às 15h30
Mariana isso é uma situação complicada de você não poder entrar com seu filho na escola. Imagine um professor e um outro aluno que também tem filho deficiente, mãe ou pai idoso ou debilitado de se cuidar e poderem pedir os mesmos de direito de levarem pra escola por serem incapazes, não é assim que se resolve você deve ter consciente que a criança é responsabilidade sua e deve ser buscado outros meios para preenchimento desse horário para amamentar. Professores e amigos de salas podem não render em conhecimentos com possíveis choros ou algo que venha a retirar de sua atenção.
26 de Mar / 2019 às 15h35
culpa de lula Dilma e Temer. Culpa dos comunistas, PC do B , PSOL, PMDB
26 de Mar / 2019 às 16h09
Eu não vejo nem um problema uma mãe levar seu bebê pra sala de aula terminei meus estudos levando meu filho pra sala de aula
26 de Mar / 2019 às 17h33
Cara aluna é obvio e evidente que um criança atrapalha tanto você, seus colegas de classe que não tem culpa nenhuma de sua burrada, como o professor ( toda hora se desconcentra), então, faça o seguinte: assista o telecurso 2000 na internet e você vai se formar em atrapalhar os outros
26 de Mar / 2019 às 17h34
Bosonaro milicianos ssfado piorando tudo Cão