A onda de mensagens com ameças a escolas que começou após o massacre em Suzano, em São Paulo, continua em Minas Gerais. Desta vez, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um jovem de 18 anos que postou uma mensagem em uma rede social contra uma escola da zona sul de Belo Horizonte. A corporação vai dar mais detalhes do caso em uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira. Na última sexta-feira, ele publicou no Twitter uma foto em que aparecia cobrindo o rosto com uma camisa branca enquanto segurava um revólver e uma faca.
O acusado escreveu na postagem, em referência à escola estadual que fica no Bairro Santo Antônio. A imagem se espalhou pelas redes sociais e assustou alunos, pais e até professores, que passaram o fim de semana temendo que algo ocorresse hoje na escola, segundo informações obtidas pela reportagem. Eles só teriam se tranquilizado no domingo, quando souberam que o rapaz havia sido detido.
O mandado foi cumprido na casa dele, na Região Oeste da capital. A Polícia Civil informou que foram apreendidas duas réplicas de arma de fogo e uma faca, além de um computador, um pendrive, celular e a caderneta escolar da instituição. Os delegados Wagner Sales, Frederico Abelha e Cristiana Angelini vão atender a imprensa hoje para falar sobre o caso.
O perfil do aluno foi apagado da rede social. Nesta manhã, era possível encontrar apenas outros usuários criticando e chamando a atenção para o perigo desse tipo de publicação. No entanto, também surgiram prints de tweets que ele publicou após a repercussão negativa da mensagem.
“Aos pais e alunos da Escola Leopoldo de Miranda e as pessoas que se preocuparam com meu tweet (…). Não sabia que este tweet causaria tanta repercussão negativa. Minha intenção era produzir uma piada. Portanto, peço desculpas aos que se ofenderam e se preocuparam achando que meu tweet significava algo diferente da piada. Sou a favor do humor, mas totalmente contra qualquer tipo de violência”, escreveu. Em seguida, escreveu que estava indo almoçar na casa da avó “pela última vez antes de ir ver o sol nascer quadrado”. O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação e aguarda resposta.
Estado de Minas
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