LEITOR ENALTECE ESTRUTURA DA CASA DE APOIO DO TFD DE JUAZEIRO EM SALVADOR

Olá Geraldo, minha esposa esteve ontem (11) em Salvador para onde ela vai duas vezes ao ano, fazendo o acompanhamento pós-câncer de mama. Estando lá, pedi para que ela observasse de um modo geral, as condições da casa de apoio nos Barris. O que ela me relatou, estou passando a você para que dê conhecimento a quem de direito.

Segundo ela, ao contrário do ano passado, 2018, quando ela lá esteve, desta vez havia carro para levar e buscar os pacientes nos hospitais, o ambiente estava muito bem cuidado, havia colchões e cadeiras para os pacientes e as refeições estavam muito boas.

Geraldo, você não vai acreditar, tinha até feijão! A única coisa negativa, se é que assim se pode dizer, é o fato de que, tendo em vista a grande quantidade de pacientes que se desloca para salvador para tratamento de saúde e se hospeda na casa de apoio dos Barris, o local se tornou pequeno, inadequado, para se abrigar de uma só vez um grande numero de pacientes. No mais, segundo ela, não há o que  questionar, pois atende as necessidades básicas daqueles que para lá se dirigem e necessitam deste apoio.

Geraldo, eu tinha a obrigação de lhe fazer este comunicado, pois quem exerce o direito de criticar, quando está errado, tem o dever moral de elogiar quando está correto.

Como você pode ver, não é um hotel cinco estrelas, mas, atende e preenche as necessidades imediatas de quem  para lá se dirige. Há 11 anos que viajamos para lá, antes eu a acompanhava, agora ela vai só, razão pela qual temos conhecimento de causa para avaliarmos as casas de apoio.

Quando começamos, ficávamos numa casa de apoio chamada 'Pam', que estava localizada na Ladeira do Arco, no Barbalho, depois passou para a Tales de Freitas, também no Barbalho.

Na época, não tínhamos como dizer se era boa ou se era ruim, pois era a única que tínhamos e com a qual podíamos contar, não havia outra para se fazer a devida comparação.

Nesta época, do governo Misael, o paciente que se dirigia a Salvador para ficar um único dia, não tinha direito às refeições. Dá pra imaginar o drama de quem viajava sem dinheiro para poder comer alguma coisa, ia e voltava de barriga vazia, salvo algum mingauzinho dado nos hospitais. Alguns passavam mal na viagem, não tanto pela doença que tinha, mas, pela fome que passavam.

Achando que alguma coisa estava errada, liguei para a ouvidoria do Ministério da Saúde, e conversando com o auditor passei a ele um breve relato do que acontecia. Me foi dito que estes pacientes não só tinham direito às refeições, como também seus acompanhantes, mesmo que tivessem de permanecer na cidade para onde de dirigiam para se tratar, por apenas um minuto.

De posse de outras informações me passadas pelo auditor sobre o TFD, elaborei um documento e junto com o Zé Carlos Medeiros fomos conversar com o secretario da saúde, já do governo Isaac, o Ubiratan Pedrosa. Fomos muito bem recebidos, éramos quatro, eu, Zé Carlos Medeiros e mais duas pacientes que se tratavam em Salvador, infelizmente, já falecidas. Passamos o problema a ele, como resposta, ele foi a Salvador verificar as condições dos pacientes de Juazeiro que se hospedavam na PAM.

Geraldo o que veio a seguir foi uma autentica revolução, pois a partir daí, os pacientes e acompanhantes que ficavam só um dia em Salvador, passaram a receber refeições e mais, o ex-prefeito Isaac alugou aquela mansão no Rio Vermelho e a transformou numa casa de apoio e os pacientes do TFD de Juazeiro a partir daí, passaram a contar com uma casa de apoio exclusiva. Mas, não foi só isto, na época, viajávamos num microônibus coreano escolar, apertado, sem bagageiro, era um sufoco. Aí o ex-prefeito Isaac alugou um microônibus maior e as viagens a salvador passaram a ser mais confortáveis. Apelido do microônibus: 'Poeirinha".

Portanto, Geraldo se existe um prefeito para o qual os pacientes do TFD de Juazeiro devem alguma coisa e devem muito, este prefeito é Isaac Carvalho e também a Ubiratan Pedrosa.

Em duas oportunidades, eu pessoalmente agradeci a ambos, Isaac Carvalho e Ubiratan Pedrosa, pelo que nos fizeram, aos quais, ficaremos eternamente gratos.

Confesso que hoje estaria falido, não fosse o TFD, criado por José Serra enquanto ministro da saúde, pois não foi só a minha esposa que precisou do TFD, a minha filha tambem, quando precisou fazer uma cirurgia cardíaca no Hospital Ana Neri em Salvador. Não teria como bancar todas as despesas com ambas, só em viagens, contando todas, foram mais de 100 ao longo destes 11 anos.

Vale lembrar, que até onde sei, existem cerca de seis mil pessoas inscritas no TFD de Juazeiro, dá para imaginar o que é administrar tudo isto.

Já te falei, certa vez numa carta, a bomba de efeito retardado que Misael armou a qual cairia no colo de Isaac quando tomasse posse e que eu e Zé Carlos Medeiros antevendo o caos na saúde fomos alertar Isaac, o qual de imediato tomou uma medida que neutralizou os efeitos desta bomba, que não só recairia na saúde como diretamente nos pacientes do TFD. Minha esposa seria prejudicada, pois não poderia viajar para tomar uma medicação, cuja aplicação que não poderia ser adiada, custava 10 mil reais, a qual recebemos através de uma ordem judicial. A medida que ele tomou: Cancelou as demissões dos funcionários  da saúde que eram contratados, com isto evitou o pior.

Geraldo desculpe por me estender tanto, mas, a meu ver, são fatos que você, por ser comunicador da nossa região, um formador de opinião, deveria saber.

Joaquim Ferreira Mendes – Parque Centenário