Passa de cem o número de foliões que disseram ter sido furados por seringa durante o Carnaval do Recife e região metropolitana da capital pernambucana. Todas essas pessoas foram atendidas, do último sábado (2) até o fim do dia da quinta (7), no Hospital Correia Picanço, referência estadual em doenças infecto-contagiosas, localizado no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), após triagem, 75 dos 108 pacientes tiveram indicação para fazer o tratamento padrão utilizado nos casos de acidentes com materiais biológicos: a profilaxia pós-exposição (PeP), que é usada com sucesso na prevenção da infecção pelo HIV. Após a profilaxia, todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.
Ainda segundo a secretaria, os outros foliões ou se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação) ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início do tratamento. "Com isso, serão acompanhados, de forma rotineira no Hospital Correia Picanço, para monitorar possíveis infecções", informou a SES em nota.
Os pacientes contaram que foram furados em focos de folia da Região Metropolitana do Recife. A SES ressaltou, no entanto, que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3%.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.
Folha Pernambuco
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