Um simulado foi realizado na manhã desta sexta-feira (22), em Jacobina, no norte da Bahia, para treinar moradores e integrantes de órgãos públicos sobre o que fazer caso haja rompimento da barragem da cidade, que é de rejeitos, e parecida com a que rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, no dia 25 de janeiro deste ano.
Pelo menos 400 moradores de povoados próximos à barragem, além de integrantes da polícia, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e funcionários da mineradora responsável pela barragem participam do simulado. A atividade foi realizada especialmente, com os moradores dos povoados de Canavieiras, Itapicuru, Pontilhão, Pontilhão de Canavieiras e Couro Velho.
A simulação envolvei ainda os funcionários da Yamana Gold, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"As barragens que têm mais alto potencial de dano são as localizadas em Jacobina (2), Santa Luz (1) e Itagibá (1), mas elas estão sendo monitoradas, inclusive presencialmente, e as empresas estão cumprindo os condicionantes impostos pela ANM", completou Lima.
A Bahia não tem registro de acidentes com barragens de rejeitos. A intensificação do monitoramento das unidades é uma medida preventiva, afirmou o gerente da ANM no estado.
Conforme este Blog informou no início deste mês, quando entrevistou, Almacks Luiz Silva agente da CPT, graduado em Gestão Ambiental com especialização em Recursos Hídricos, Saneamento e Residência Agrária em Tecnologias Sociais e Sustentáveis no Semiarido, esta é a segunda barragem de rejeito de Jacobina, tem um talude (paredão) de 55 (cinquenta e cinco) metros de altura e capacidade para 13 (treze) milhões de toneladas de material e uma área de 34 (trinta e quatro) hectares.
A barragem ainda tem um potencial de 33,9 milhões de toneladas de material para ser processado. Almacks explica que risco é a função que associa a probabilidade de ocorrência de um evento indesejado com a gravidade das consequências deste evento, caso ele venha ocorrer.
Redação Blog Foto: Divulgação / Sudec
1 comentário
23 de Feb / 2019 às 12h50
O promotor público deveria entender que os moradores, todos, estão ameaçados. Ninguém é obrigado a aceitar que mineradora ameace suas vidas. Eles escolheram essa situação ou foram colocados nessa situação? Por óbvio que foram colocados nessa situação. O direito à vida, suplanta todos os outros direitos. É ridículo treinar moradores para fugir da morte. Eles não escolheram essa situação. O que eles precisam é sair do local de risco e serem pesadamente indenizados. Vendam a mineradora, mandem buscar todo ouro que eles tiraram e indenizem por 10, 20, 100, 1000 vezes cada morador.