Experiências de produção agroecológica, incluindo criação de animais, gestão de água, mobilização social, dentre outras, vivenciadas por famílias rurais de Sento-Sé, Sobradinho, Remanso, Casa Nova, Juazeiro e Campo Formoso, no sertão baiano, estão sendo debatidas em um encontro na Escola Família Agrícola de Sobradinho.
O evento, que teve início no último dia 18 e vai até o dia 22, reúne técnicos e agrônomos colaboradores do Irpaa, entidade da sociedade civil que presta assessoria técnica a famílias rurais que receberam incentivos para o incremento de sua produção por meio do Projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), cujos recursos são frutos de acordo de empréstimo contraídos pelo Governo da Bahia junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Essas experiências apresentadas e discutidas são resultados de um trabalho desenvolvido nas comunidades rurais por meio de uma metodologia chamada de "Roda de Aprendizagem", onde os agricultores e agricultoras comentam como os arranjos produtivos foram implantados em suas propriedades e quais os resultados percebidos, especialmente na produção de alimentos para os animais, acesso à água, geração de renda e segurança alimentar.
Fabrício Nascimento, um dos técnicos do Irpaa que expôs resultados de Rodas de Aprendizagens feitas na região de Campo Formoso, destacou o entusiasmo das famílias com verduras e hortaliças plantadas em canteiros econômicos, que segundo o técnico, é uma forma eficiente e apropriada para se ter boa produção com baixo consumo de água.
O colaborador do Irpaa, Laelson Mota, disse que o encontro traz as experiências ou as dúvidas que passam a ser melhores compreendidas quando os técnicos de diferentes regiões se deparam com as mesmas situações. Para Laelson essas exposições agregam mais conhecimentos, o que aprimora a execução do projeto junto às famílias. "O que discutimos aqui ajuda a gente a despertar nos agricultores o quanto é necessário ter cuidados com os manejos para alcançar uma boa renda e uma boa produção e isso só vai melhorar a condição de vida no campo", afirmou Laelson.
José Carlos dos Santos, colaborador do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF), escritório de Juazeiro, presente no encontro, observou os desafios de se analisar experiências de diferentes regiões e suas particularidades e chamou atenção para a continuação de ações que contemplem as mulheres e os jovens das comunidades atendidas pelo Pró-Semiárido.
O encontro termina com atividades de campo, onde no dia 22, serão visitadas experiências de gestão e reuso de águas na região de Massaroca, interior de Juazeiro. Na mesma data, o grupo participa da inauguração de entreposto de comercialização de ovos na comunidade de Canoa, na mesma região. Essas experiências também são frutos das ações do projeto Pró-Semiárido.
Agência Chocalho
1 comentário
22 de Feb / 2019 às 19h13
A décadas vivenciamos experiências infrutíferas com comunidades rurais com o objetivo único de desvio e custeio de ongs com recursos públicos,um volume avantajado é realmente usado para custeio de campanhas e enrequicimento ilícito,seja através do IRRPA,SAJUC, PASTORAL DA TERRA,MST e outras siglas mais.....