O ‘II Entardecer Trans - Corpos que Transcendem’ realizado no último domingo (27) em Juazeiro comemorou o Dia da Visibilidade Trans, festejado em 29 de janeiro em todo país. O evento realizado através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES) reuniu dezenas de pessoas na área verde do Vaporzinho.
A programação trouxe shows musicais, rodas de conversas, relatos de experiências pessoais e a apresentação do grupo terapêutico ‘Colorir’, idealizado pela SEDES e SESAU. A psicóloga Rebeca Santana explicou o funcionamento do grupo. “O Colorir se reúne quinzenalmente com o objetivo de trazer mais qualidade de vida para esta parcela da população. Com esse trabalho desenvolvido, nosso desejo é que todos possam entender que juntos somos mais fortes e que estamos à disposição para ajudar”, disse.
Para o supervisor de Políticas LGBTs, Eduardo Rocha, o momento é de comemoração. “A população trans é a mais marginalizada e as estatísticas comprovam isto. É uma parcela da população que vive na invisibilidade e merece uma ocasião como esta”, comentou.
Além do público LGBT presente ao evento, várias outras famílias que apreciavam o pôr do sol na orla, também aproveitaram para prestigiar o evento. A recepcionista Marlene Alves parou para ouvir os relatos. “Acho importante termos momentos como este em nossa cidade, pois ajuda a mostrar que todos são iguais e merecem o mesmo tratamento”, afirmou.
A 2ª edição do evento em Juazeiro teve mais uma vez a parceria da Associação Sertão LGBT, movimentos sociais, Conselho Municipal de Direitos Humanos e Secretaria de Saúde. “A população LGBT esteve presente, principalmente a juventude para celebrar, conhecer os serviços e também mostrar resistência. Vivenciamos um momento de união, de celebração e de conhecimento sobre a importância das políticas públicas. Foi também uma ocasião para lembrar que a população LGBT é talentosa e pode ocupar qualquer lugar na sociedade”, completou Luana Rodrigues, diretora de Diversidade.
Fabiana Diniz/SEDES
1 comentário
29 de Jan / 2019 às 13h35
Esse foi um dos movimentos mais bonitos, consistentes e de política afirmativa da visibilidade TRANS no vale. Somos uma cidade ainda marcada pela violência, pela homofobia que a a gente encobre com o status de terra festeira e hospitaleira. Quantos homossexuais e travestis foram assassinados em Juazeiro e seus algozes continuam ilesos? Esse movimento trouxe à tona a necessidade de uma intervenção mais intensiva a favor dessa população, o que inclui desde o direito a saúde, educação, cultura, benefícios sociais até uma melhor interação da justiça nos casos que envolvem a LGBT fobia.