Mesmo após a chegada da Força Nacional no Ceará, o estado registrou oito ataques. Dois deles aconteceram na noite de ontem (5), em Fortaleza, e o restante contra veículos, banco e prédios públicos no interior, neste domingo (6). Com o novo balanço, o número de ataques, que começaram no último dia 2, chegou a 93.
Em Fortaleza, um posto de observação da Guarda Municipal foi alvo de criminosos por volta de 19h desse sábado. A unidade policial foi alvejada por dois suspeitos. Além desse ataque, duas bombas de combustível e duas salas do escritório de um posto de gasolina na rodovia BR-116, no Bairro Messejana, foram incendiadas. No interior do estado, dois caminhões ficaram em chamas no pátio da Prefeitura de Barroquinha, no norte cearense.
Na madrugada de domingo (6), um prédio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) foi incendiado no município de Marco, no norte do estado. Em Limoeiro do Norte, criminosos explodiram uma base de telefonia.
Em Acaraú, a sede da prefeitura foi alvo de ataques e teve ônibus destruídos. Outro ataque foi registrado no município de Jijoca de Jericoacoara. Os criminosos atearam fogo em um estacionamento usado pela prefeitura. Dois veículos, um ônibus e um carro de passeio foram atingidos pelas chamas. Já na manhã deste domingo, por volta das 7h, uma agência bancária foi atacada com tiros e incendiada. O fogo foi controlado e não houve maiores danos ao prédio.
Prisões pós-Força Nacional
Após a chegada da Força Nacional no Ceará, nesse sábado (5), 53 pessoas foram presas, afirmou a Secretaria da Segurança do estado. No total, as autoridades já prenderam 103 suspeitos de cometerem uma sequência de atos violentos, coordenados por facções criminosas. Depois do reforço militar, conforme a pasta, não houve mais ataque a ônibus - 18 transportes públicos foram incendiados em menos de 24 horas.
Entenda o caso
Ceará sofre uma onda de ataques criminosos que estariam sendo coordenados por facções do crime organizado em vários pontos de Fortaleza, e no interior do estado. Os atos violentos acontecem desde a última quarta-feira (2). A motivação seria por represália à diretriz anunciada pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária de remanejar e juntar presos independente das facções.
G1
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