Ao lado de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, também conhecido como rei do ritmo, pertence ao panteão de artistas que fizeram o forró pé-de-serra ecoar em todo o Brasil na metade do último século. “Vá de Jackson do Pandeiro”, diz Chico Buarque na canção em que cita artistas marcantes em sua vida. Entre os inúmeros músicos que Jackson influenciou, estão Gilberto Gil, Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho.
Sebastiana, A mulher do aníbal, Forró em limoeiro, Um a um, 17 na corrente estão entre os primeiros e grandes sucesso de Jackson nos anos 1950, que veria a música regional cair no gosto popular diante da chegada da jovem guarda. Em homenagem ao centenário de Jackson do Pandeiro, comemorado no ano que vem, o Governo da Paraíba instituiu o ano de 2019 como sendo o “Ano Cultural Jackson do Pandeiro”.
Conforme o decreto, a Secretaria de Estado da Educação deve realizar, durante todo o ano, atividades culturais e socioeducativas no âmbito escolar, mobilizando alunos, professores, servidores e a comunidade circunvizinha da escola em homenagens e produção cultural acerca da vida e obra de Jackson do Pandeiro.
As atividades devem primar pela interdisciplinaridade, sem prejuízo do conteúdo regular, cabendo à direção da escola, se necessário, adotar providências para compatibilizar a carga horária.
Ainda de acordo com o decreto, os eventos promovidos pelo Estado, como shows, concertos, seminários, festivais, salões de artesanato e exposições, sempre que conveniente, deverá ser oportunizado ao público conhecer a obra de Jackson do Pandeiro.
Também é previsto no decreto que as ações de divulgação dos órgãos e secretarias estaduais na mídia devem, sempre que possível, fazer referência ao ano cultural; bem como os espaços ou sistemas destinados ao uso coletivo geridos por instituições públicas estaduais, devem possibilitar a divulgação da vida e obra do cantor.
Jacson do Padeiro nasceu no dia 31 de agosto de 1919. José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, nasceu em Alagoa Grande em 31 de agosto de 1919, e passou boa parte da vida em Campina Grande. Começou a admirar a música por meio da mãe dele, a cantadora de coco Flora Maia, que colocou o filho para tocar zabumba aos sete anos.
Ganhou o apelido de Jackson inspirado em um personagem americano de filme de faroeste, do qual era fã. O artista trabalhou em rádios de Campina Grande, João Pessoa e Recife, quando começou a receber atenção da mídia e ficou conhecido como o homem orquestra pelo domínio da percussão.
Seu primeiro sucesso, “Sebastiana”, na década de 1950, o lançou para o Brasil e para o mundo. Jackson chegou a fazer duetos e parcerias com nomes como Luiz Gonzaga, Edgar Ferreira e Rosil Cavalcanti e ganhou o título de Rei do Ritmo.
Jackson do Pandeiro morreu de embolia pulmonar e cerebral em 10 de julho de 1982, aos 62 anos em Brasília.
Redação Blog Foto: Arquivo pessoal Ney Vital
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