A cada onze minutos, o Brasil registra um estupro. Os dados são do Anuário de Segurança Pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as mulheres são as principais vítimas e podem carregar traumas para o resto da vida. A Delegacia da Mulher de Petrolina, no Sertão Pernambucano, registrou 229 crimes sexuais até novembro de 2018.
Este ano, até o mês de novembro, Pernambuco registrou 2.339 casos de estupro. Um aumento se comparado aos anos anteriores. Em todo 2017 foram 2.178 casos e em 2016, segundo dados foram 2.312. A Delegada da Mulher de Petrolina, Isabella Cabral explicou que o aumento é devido a uma mudança na lei. Agora, esses casos são considerados incondicionados, ou seja, a polícia pode investigar independentemente da vontade da vítima, o que não era possível nos anos anteriores.
Ela explicou também as penalidades para este tipo de crime. "Um caso de estupro de vulnerável, a gente tem pena de 8 a 15 anos e em caso de estupro comum em que houve violência ou grave ameaça, a pena vai de 6 a 10 anos. O estupro de vulnerável independe que tenha sido com violência ou grave ameaça, bastando que a vítima tenha menos de 14 anos".
A delegada reforçou a importância da denúncia, para dar início as investigações. "Esses casos é preciso que a população ou a vítima compareça, comunique esse fato, para que a gente tenha ciência e comece a dar início às investigações e a completa apuração do delito",.
Para a representante da União Brasileira de Mulheres, Socorro Lacerda, é preciso ampliar os canais para realização de denúncias.
"As mulheres enfrentam essa guerra psicológica, às vezes com o silêncio e com o medo, mas é preciso que a sociedade possa compreender isso como um problema político, um problema que a sociedade precisa enfrentar com políticas públicas. Então os governos, nas esferas municipais, estaduais e federal precisam responder com políticas públicas contundentes que possam responder isso com seriedade".
G1 Petrolina
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