Após dez mulheres terem relatado abusos sofridos durante atendimentos espirituais com o médium João de Deus, durante o programa Conversa com Bial, na última sexta-feira (7), e de outras três terem falado com o jornal O Globo, também denunciando o líder religioso, mais relatos começam a surgir. O Jornal Nacional deste sábado (8) trouxe à tona o caso de uma mulher, cuja identidade não foi revelada, que contou ter sido abusada na Casa Dom Inácio, em Abadiânia (GO).
Ela afirmou que, desde 1991, frequentava o local, sempre acompanhada da mãe, e que no único dia em que foi sozinha, acabou vítima de assédio. Já à TV Anhanguera, afiliada da TV Globo, uma funcionária pública, que também não quis ter o nome revelado, contou primeiro ter procurado o médium para buscar a cura da filha e, em um segundo momento, por causa de um tumor. “Na primeira ocasião, ele pegou um colchão que tinha no corredorzinho e colocou no chão. Ele mandou eu tirar a roupa, eu tirei. Não entendi muito bem. Da outra vez que eu fui, ele sentou na poltrona dele, tirou as calças e mandou eu mexer no órgão dele”, relatou a mulher.
Questionada sobre o motivo de não ter denunciado o caso à polícia, ela disse ter medo. “Era medo, medo de me expor, ele tem costas quentes né, poderoso em Abadiânia e em Goiás”, afirmou. Ao programa Conversa com Bial, a assessoria do médium afirmou, em nota, que "há 44 anos, João de Deus atende milhares de pessoas em Abadiânia, praticando o bem por meio de tratamentos espirituais. Apesar de não ter sido informado dos detalhes da reportagem, ele rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos".
Fonte: O Globo
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