O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que, se fosse o presidente Michel Temer, vetaria o reajuste de 16% sobre o salário dos magistrados e da Procuradoria-Geral da República com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. A afirmação foi feita ontem (10) em entrevista a uma emissora de televisão, cuja gravação foi publicada nas redes sociais de Bolsonaro.
Questionado pelo repórter, o futuro presidente disse que, se a decisão estivesse em suas mãos, vetaria o aumento. "Agora, está nas mãos do presidente Temer, não sou o presidente Temer, mas se fosse, acho que você sabe qual seria minha decisão. Não tem outro caminho, no meu entender, até pela questão de dar exemplo. Eu falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto. O Brasil está numa situação complicadíssima, a gente não suporta mais isso aí, mas a decisão não cabe a mim. Está nas mãos do Temer. Eu, por enquanto, sou apenas o presidente eleito", disse.
Jair Bolsonaro voltou a dizer que o STF "é a classe que mais ganha no Brasil, a melhor aquinhoada", e que o reajuste do salário dificulta o discurso a favor da reforma da Previdência. "E complica pra gente quando você fala em reforma da Previdência, onde você vai tirar alguma coisa dos mais pobres, você aceitar um reajuste como esse", afirmou. O presidente eleito descartou que o Congresso vote esse ano uma emenda constitucional para alterar a Previdência, o que demandaria a suspensão da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Bolsonaro negou que vá usar a reforma da Previdência apresentada por Temer e ressaltou que recebeu propostas de mudanças na legislação infraconstitucional que já tramitam no Congresso, mas que só deve apresentar uma proposta quando assumir o mandato. "Se nós bancarmos uma proposta dessa e formos derrotados [este ano], você abre oportunidade para a velha política vir pra cima de nós. (...) Eu tenho que começar o ano que vem com a nossa proposta e convencer os deputados e senadores a votar a nossa proposta. E tem que ser de forma paulatina, não pode querer resolver de uma hora para outra essas questões", disse.
Em outro momento da entrevista, o presidente eleito disse que mudanças nas regras da aposentadoria devem respeitar os direitos adquiridos dos trabalhadores. "Nós temos compromisso, temos contrato, as pessoas começaram a trabalhar lá atrás, ou já trabalharam, tinham um contrato, e você tem que cumpri-los, do contrário você perde a sua credibilidade", afirmou.
Sobre a questão fiscal, afirmou que orientou sua equipe econômica para aumentar a arrecadação sem elevar impostos. Disse, ainda, que vai buscar maior abertura comercial para o país como forma de estimular a economia. "A situação é crítica. Eu apelo a todos. Nós não queremos que o Brasil se transforme numa Grécia [que enfrentou recentemente grave crise econômica]. E a tendência, se nada for feito, e não tivermos a colaboração de todos, sem exceção, nós chegaremos a esse ponto", afirmou.
Na entrevista, o presidente eleito fez um balanço dos primeiros dias de transição de governo e as visitas institucionais que realizou na última semana, como o encontro com o presidente Temer, comandantes militares, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli e uma solenidade no Congresso Nacional, além da visita na qual recebeu embaixadores de vários países.
Ao comentar a indicação da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura, ele observou o fato de atender uma demanda da bancada do setor no Congresso Nacional. "Pela primeira vez na história da Câmara, tivemos uma ministra indicada pelos parlamentares do agronegócio e da agricultura familiar. Geralmente, aquele ministério ficava com um partido e atendia apenas os seus filiados", finalizou.
Com informações da Agência Brasil
10 comentários
11 de Nov / 2018 às 14h53
Como podem isso, um pais EM UMA SITUAÇÃO de calamidade financeira, quebrado indo e voltando. Um órgão que deveria DAR exemplos de seriedade e respeito aos demais..... querê um reajuste de 17%. com efeito cascata né Uma instituição que tem um orçamento beirando aos 79 BILHÕES anuais, digo R$.. 79 Bilhões tirado dos nossos impostos e outras contribuições. Moço ISSO é o fim do mundo.
11 de Nov / 2018 às 16h13
Geraldo José, fiquei feliz de saber pelos comentários que o professor Otoniel Gondim retornará logo ao Blog. Otoniel Gondim é um ideólogo, culto e exímio cronista. Um dos grandes do país, até. adoro seus contos e textos políticos. Muito bem vindo de novo José, Otoniel Gondim. Sim, de preferência, sobre Bolsonaro e o fascismo. No aguardo.
11 de Nov / 2018 às 17h07
Tô começando a gostar desse cara...
11 de Nov / 2018 às 17h10
Farinha do mesmo saco. Riquíssimos compram juízes e dao emprego de 39 mil e ganham o jogo. Triste coxinhas bujao 75 reais. Baixar a lenha que o povo gosta
11 de Nov / 2018 às 17h50
O Brasil precisa de homem desse tipo, estamos juntos balsonario. Pau na mulera!!
11 de Nov / 2018 às 18h22
Não vamos criticar o novo presidente. Vem coisa boa aí. Esse cara vai mudar a história desse País. Deixem de anteceder as coisas
11 de Nov / 2018 às 19h05
Mais se não me engano em governo de transição se realmente fosse do interesse barrar o aumento. Poderia
11 de Nov / 2018 às 19h21
...ideólogo, culto e exímio cronista. kkkkk quase quebrei o queixo da tanto rir. Será que vocês não desconfiam destes comentários Fake? Isso é caso para psicanalista. E para a polícia federal também kkkk
11 de Nov / 2018 às 19h24
Os comunistas aparelharam todas as instituições para continuares por muitos anos no poder, e esse STF só tem gente colocada pelos corruPTos. Vale lembrar: Ainda dá tempo para os mortadelas ajudarem o poste a pagar as dívidas de campanha.
11 de Nov / 2018 às 19h39
Qual democracia, aquela que destituiu Dilma Rousseff da presidência? ilegalmente, com ajuda de 342 parlamentares comprados por Cunha, com ajuda e omissão do judiciário. Qual democracia? Aquela que Moru juntou provas falsas para incriminar Lula, ajudado pelo judiciário corrupto brasileiro? Qual democracia, aquela que elegeu Bolsonaru com Fake News, bancado por mais de 50 empresas de?Apoiado por um Judiciário vil, Canalha, corrupto, asqueroso, midiático, covarde, que se humilha e se apequena diante das ameaças de um ignorante que não possui perfil nem competência para ser dono de uma quitanda.