Apesar de o voto no Brasil ser obrigatório, o eleitor, de acordo com a legislação vigente, é livre para escolher o seu candidato ou não escolher candidato algum. Ou seja: o cidadão é obrigado a comparecer ao local de votação, ou a justificar sua ausência, mas pode optar por votar em branco ou anular o seu voto.
Mas qual é a diferença entre o voto em branco e o voto nulo?
Voto em branco
De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Antes do aparecimento da urna eletrônica, para votar em branco bastava não assinalar a cédula de votação, deixando-a em branco. Hoje em dia, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”.
Voto nulo
O TSE considera como voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.
Antigamente como o voto branco era considerado válido (isto é, era contabilizado e dado para o candidato vencedor), ele era tido como um voto de conformismo, na qual o eleitor se mostrava satisfeito com o candidato que vencesse as eleições, enquanto que o voto nulo (considerado inválido pela Justiça Eleitoral) era tido como um voto de protesto contra os candidatos ou contra a classe política em geral.
Votos válidos
Atualmente, vigora no pleito eleitoral o princípio da maioria absoluta de votos válidos, conforme a Constituição Federal e a Lei das Eleições. Este princípio considera apenas os votos válidos, que são os votos nominais e os de legenda, para os cálculos eleitorais, desconsiderando os votos em branco e os nulos.
A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988 que diz: "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos".
Ou seja, os votos em branco e os nulos simplesmente não são contados. Por isso, apesar do mito, mesmo quando mais da metade dos votos forem nulos, não é possível cancelar uma eleição.
Como é possível notar, os votos nulos e brancos acabam constituindo apenas um direito de manifestação de descontentamento do eleitor, não tendo qualquer outra serventia para o pleito eleitoral, do ponto de vista das eleições majoritárias (eleições para presidente, governador e senador), em que o eleito é o candidato que obtiver a maioria simples (o maior número dos votos apurados) ou absoluta dos votos (mais da metade dos votos apurados, excluídos os votos em branco e os nulos).
Por outro lado, os votos em branco ou nulos impactam na diminuição da quantidade de votos válidos. A conta não é complicada de fazer: quanto mais votos nulos ou brancos, menos votos válidos um candidato precisará receber para ser eleito.
Fonte: NMB
2 comentários
21 de Oct / 2018 às 22h54
Pessoal do Blog: Não voto em Branco nem Anulo voto. Mas voto para que selecionem melhor os artigos veiculados, principalmente de pessoas com ficha criminal, para evitar cair o nível deste veículo de comunicação.
22 de Oct / 2018 às 06h50
VÃO PRO LIXO ! NÃO SERVEM PRA COISA ALGUMA! NA MINHA OPINIÃO A MÁ FÉ NA URNA ELETRÔNICA JA COMEÇA COM A AUSÊNCIA DA TECLA 'NULO'. SE TEMOS 3 OPÇÕES DE VOTO-BRANCO-NULO-VÁLIDO,QUAL A RAZÃO POR NÃO TER A TECLA NULO ? PORQUE OBRIGAR O ELEITOR DIGITAR UM NUMERO INVALIDO PARA ANULAR SEU VOTO,QUANDO COM A TECLA NULO SÓ BASTARIA APERTA-LA ? FREUD EXPLICA ? O VOTO NULO DEVERIA TER SEUS PESO,OU SEJA :A PARTIR DE UM PERCENTUAL 80 % SERVIRIA PARA ANULAR A ELEIÇÃO,PORQUE EXPRESSARIA A INSATISFAÇÃO POPULAR. O BRANCO EXPRESSARIA A INDIFERENÇA DO ELEITOR.