Miguel Coelho diz que Governador Continua com a obrigação de ajudar Petrolina e não antecipa apoio para presidente

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), fez uma visita de cortesia à direção da Folha de Pernambuco, na última quinta-feira (11). Num bate papo informal, a conversa girou em torno de projetos que Miguel está desenvolvendo em sua cidade e também sobre o cenário da política local e nacional. Estavam presentes Paulo Pugliesi (diretor executivo), José Américo Góis (diretor operacional), Mariana Costa (diretora administrativa) e Patrícia Raposo (editora chefe). 

Após a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), Miguel sugeriu que os palanques sejam desmontados em favor de Petrolina. "Sobre a questão de ser oposição ao atual governo, eu não vejo problema nisso. O que eu espero é que a gente não tenha oposição administrativa, porque se Paulo teve a confiança dos Pernambucanos e de parte de Petrolina de continuar sendo governador, continua com a obrigação de ajudar Petrolina, independente de quem seja o prefeito. Assim como eu também tenho minha contribuição de poder ajudar o governador na área do sertão e da nossa cidade", afirmou.

Em relação à próxima disputa municipal, o prefeito preferiu não antecipar o debate. "Quando chegar 2020 nós vamos tratar disso. Eu acho que é muito prematuro, pois a gente nem esfriou a cabeça de uma eleição que terminou a menos de uma semana, mas já está tratando de outra que ainda faltam dois anos", ponderou. 

Mesmo sem entrar no debate municipal, Miguel colocou a nova composição legislativa como fator determinante para a disputa municipal. "O segundo maior partido hoje do Brasil é o PSL, isso muda a geografia política. Acho ainda falta tempo, a bancada agora mudou muito. Então quem for disputar uma campanha de prefeito - Petrolina tem tempo de televisão e tempo de rádio - vai pensar também a questão de partidos que possam dar sustentação para você ter o maior tempo possível para poder apresentar, no nosso caso, todo um trabalho feito ao longo desses primeiros quatro anos. Enfim, mudou", analisou. 

Júlio Lóssio - Miguel comentou a participação do ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio (Rede) na campanha estadual e suas pretensões para 2020. "Eu acho que as pessoas são livres de alçar qualquer voo, qualquer sonho que tenha na política, agora, doutor Oswaldo já dizia, 'sem voto ninguém ganha na política', você precisa ter no mínimo voto e time para poder lhe ajudar, antes de tudo você precisa ter um projeto para que as pessoas possam confiar em você, para que você represente essas pessoas no nível estadual, como foi uma candidatura de governo". 

De saída anunciada do PSB, Miguel Coelho contou as opções de legenda que está avaliando. "Eu ainda estou no PSB,mas todo mundo sabe que não devo permanecer até minha próxima eleição. A gente tem uma abertura obviamente com o Democratas, até porque os meus irmãos já estão lá. Tem essa possibilidade do MDB, que na verdade virou um imbróglio, que desde que isso foi judicializado não resolve nem pra um lado e nem para o outro. Então, acho que o mais importante é que tenha um desfecho", disse.

Apesar de muitos de seus aliados já terem declarado voto em Bolsonaro, Miguel não antecipou como se posicionará no segundo turno. "Agora vai ser de fato, uma eleição oficialmente polarizada, os dois extremos. O DEM declarou neutralidade, mas ACMdeclarou apoio a Bolsonaro. Mendonça e Bruno já declararam também. Estamos querendo ver a posição oficial de todos os partidos, que hoje a gente tem algum tipo de relacionamento para poder se manifestar", comentou Miguel. Ele disse que a decisão deverá ser tomada na próxima semana. 

 

Foto: Site PMP