A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) irão cooperar na elaboração de uma proposta de gestão integrada de águas superficiais e subterrâneas da bacia do rio São Francisco. Nesta sexta-feira, 28, os representantes das respectivas instituições participaram de um seminário, em Carinhanha, no interior da Bahia, para divulgar o início do estudo e inserir a sociedade no debate, apresentando um conjunto de ações que serão implementadas na região.
A Sema e o Inema atuarão no programa ao lado da Comissão Técnica de Acompanhamento e Fiscalização (CTAF), composta pela Agência Nacional de Águas (ANA), Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgãos gestores, universidades e instituições locais, avaliando o trabalho realizado, apresentando sugestões e propostas de melhorias e oferecendo o apoio do estado para ajudar no desenvolvimento do projeto.
O estudo, que será realizado pela (ANA) e executado pelo CPRM, visa elaborar uma proposta de gestão integrada de águas superficiais e subterrâneas do rio Carinhanha, afluente do São Francisco que banha os estados da Bahia e de Minas Gerais, traçando diretrizes para a administração compartilhada entre os estados, com vistas a garantir a sustentabilidade e o aproveitamento integrado dos recursos hídricos da região.
De acordo com o especialista da Diretoria de Estudos Avançados de Meio Ambiente da Sema, Zoltan Rodrigues, “o estudo é fundamental para o desenvolvimento da gestão de bacias hidrográficas no país, por ser o primeiro projeto piloto que visa uma gestão genuinamente integrada de água superficial e subterrânea. Com isso, há uma expectativa de que esse projeto sirva como referencial para os próximos planos de gestão de bacias no Brasil”.
Para o diretor de Águas do Inema, Eduardo Topázio, o estudo reforça a maneira como deve ser realizada a gestão do uso da água subterrânea, visando o impacto que esta causa na superfície. “Esperamos que esse projeto crie uma nova condição de gestão integrada dos recursos hídricos desses mananciais, de forma a torná-la mais eficiente. Nossa expectativa é que, ao final do estudo, tenhamos isso com muita clareza, para realizar uma melhor gestão, extrapolando essa experiência para outras regiões com cenários semelhantes” concluiu.
Ascom SEMA Foto: Geraldo José
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