Um levantamento realizado por pesquisadores e estudantes da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), através do projeto de pesquisa e extensão, apontou que Juazeiro oferece boas condições para atuais e futuros empreendedores.
O Índice Municipal de Empreendedorismo (IME) da cidade foi inspirado na metodologia da filial Endeavor Brasil, ONG sediada nos Estados Unidos, que tem foco em empreendedorismo e contou com dados do Sebrae, Banco Central, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Secretarias de Governo e Junta Comercial do estado da Bahia - JUCEB.
Para atingir os resultados foi aplicado questionário para cerca de 300 pessoas de Juazeiro, de diferentes classes sociais, idades e escolaridades. O estudo avaliou, com notas de um a dez, sete pilares: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura. Quanto mais próximo de dez, mais favorável é o ambiente ao empreendedorismo. Com base nesses quesitos, Juazeiro ficou com avaliação geral de 7,28.
Cada um desses quesitos apresenta outras subdivisões, amparadas por indicadores. Em 'Inovação', por exemplo, foram avaliados variáveis que influenciam na inovação empreendedora no município: a proporção de empresas, tamanho da economia criativa, infraestrutura tecnológica e proporção de mestres e doutores atuando na cidade.
Na infraestrutura, Juazeiro se destacou ainda mais e alcançou uma nota melhor que a geral, chegando a 8,08, superando capitais, como Salvador (6,67), Recife (6,05) e Aracaju (5,52). A categoria foi estimada em um conjunto de serviços necessários para que uma atividade econômica se desenvolva, tais como domicílios com acesso a banda larga fixa, preço médio do metro quadrado, taxa de homicídios, índice de fluidez urbana, entre outros.
Para o gerente regional do Sebrae em Juazeiro, Carlos Cointeiro, o estudo apresenta um panorama da cidade para quem busca empreender, ou seja, norteia sobre a situação econômica e social e estimula empresários a investir na cidade. "Em comparação com outras cidades, Juazeiro se destaca como viável para quem deseja abrir um negócio e prosperar. Além disso, o documento conseguiu consolidar uma série de informações que refletem o nível de empreendedorismo local e vai se tornar uma fonte importante para o desenvolvimento da cidade", frisa Carlos.
O coordenador da pesquisa e professor da Univasf, Deranor Oliveira, explica que foram seis meses de coleta de dados e avaliações até mensurar o IME de Juazeiro. Ele ressalta que a cidade oferece condições essenciais para o fomento da atividade empreendedora, contribuindo para a economia local, geração de empregos e melhor qualidade de vida para a população.
O professor também reconhece que foram identificados alguns gargalos, como o acesso à capital e mesmo alguns pontos da infraestrutura, que precisam ser melhorados. "Precisam ser criadas políticas públicas, leis e arranjos institucionais na cidade para facilitar a abertura e sucesso dos negócios". A próxima etapa da pesquisa vai ouvir empresários da cidade e confrontar se os números resultantes refletem a percepção dos empreendedores de Juazeiro.
Ascom Sebrae Lucilene Santos
4 comentários
25 de Sep / 2018 às 04h32
Acredito no empreendedorismo de Juazeiro com Haddad .
25 de Sep / 2018 às 05h08
A oposição pira! Mas o vaqueiro fez a diferença nessa cidade. Até quem é cego vê. Menos a oposição doentia e incompetente de Juazeiro.
25 de Sep / 2018 às 08h15
atá, como se isso ai fosse igual a diminuição da desigualdade entre pobres e ricos na cidade, melhoria das condições da saúde, e das taxas de desemprego entre os menos escolarizados... quero ver é mudança social, não coisa relacionada a indices como o Meireles fala o tempo todo. empreendedorismo? das dezenas de portas do comércio fechadas na adolfo viana? conta outra.
03 de Jul / 2019 às 08h48
Estava pesquisando sobre empreendedorismo no Vale e achei essa notícia. Fui atrás do trabalho citado e, para minha surpresa, descobri que o trabalho a que faz referência a notícia está errado. Embora o índice meça empreendedorismo, essa pesquisa usou dados fictícios, inventados. De dados reais só Juazeiro e, talvez, Petrolina. Esses números apresentados não valem nada para representar a realidade e dizer o contrário é ignorância científica. E tem órgão de governo dando dinheiro para essa mentira?